Crescimento da indústria de TIC fluminense fica abaixo do registrado no país

computador2O número de empresas da indústria de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no estado do Rio de Janeiro cresceu 36,3% entre os anos de 2009 e 2013, abaixo do crescimento registrado no país, de 44,3%, no mesmo período. Em relação ao número de trabalhadores, o mercado de trabalho fluminense cresceu 35,8%, contra 39,9% em nível nacional.

Em 2013, a participação fluminense no cenário nacional era de 9,4% do total de estabelecimentos brasileiros de TIC, atrás apenas de São Paulo (32,8%) e Minas Gerais (10,7%). Já a participação do estado no mercado de trabalho de todo o país foi de 10,4%, segundo principal mercado nacional, atrás apenas do estado do São Paulo (42,3%).

Com base na massa salarial das empresas, estima-se que a indústria de Tecnologia da Informação e da Comunicação do Rio de Janeiro gerou um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 15 bilhões, o que corresponde a 3% do total produzido no estado. O destaque foi para a indústria de hardware fluminense, um dos quatro segmentos que compõe o setor de TIC, que cresceu 20,2%, enquanto o registrado no país foi de 18,9%.

Os dados fazem parte do Mapeamento do Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do estado do Rio de Janeiro, estudo produzido pelo Sistema FIRJAN para quantificar o potencial da atividade e para servir de base na formulação de políticas públicas de desenvolvimento do TIC no estado. Ao longo do período, a Indústria de Software fluminense cresceu 31,4% por conta do crescimento do desenvolvimento e licenciamento de programas de computadores customizáveis. No país, o aumento foi de 57,3% entre os anos de 2009 e 2013.

Já o segmento de Serviços de TI também ficou abaixo da média nacional. O Rio registrou um crescimento de 35,1%, contra 38,9% no país. Também o segmento de Telecomunicações cresceu menos. Enquanto no estado houve um aumento de 50%, o país atingiu o patamar de 76,7%.

“Apesar do peso do setor na economia fluminense, evidenciado por meio da sua participação no total da riqueza gerado no estado, a atividade vem perdendo espaço quando comparamos seu crescimento, seja em número de estabelecimentos ou na geração de empregos formais, no cenário nacional”, destaca o coordenador do programa de Indústria Criativa do Sistema FIRJAN, Gabriel Pinto.

O coordenador destaca ainda que é necessário melhorar a infraestrutura de banda larga do estado, assim como conectar as demandas das grandes players com a indústria de TIC para fomentar novos negócios. “Nesse sentido, a aproximação das universidades, já que temos os principais centros aqui no estado, com a indústria de TIC é essencial. Assim como a disponibilidade de recursos para apoiar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação”, acrescenta Gabriel.

Com base nos dados oficiais dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o levantamento inédito traz também detalhes sobre a concentração de estabelecimentos e empregos nos diversos municípios fluminenses nos quatro segmentos que compõem o setor: Software, Serviços de TI, Hardware e Telecomunicações. Destaque para a cidade do Rio de Janeiro que concentra o maior percentual de estabelecimentos (65,5%) e trabalhadores (84,5%). Entre os bairros da capital, o Centro sozinho corresponde por 33,2% dos empregados.

O mapeamento do setor TIC foi apresentado aos empresários nesta quarta-feira, dia 16, em reunião setorial promovida pela Federação e o Sindicato da Indústria Eletrônica, Informática, Telecomunicações, Componentes e Similares do Rio de Janeiro (SindiTec).

Niterói é o segundo município em número de empresas e postos de trabalho

Depois da cidade do Rio de Janeiro, que está no topo do ranking com 2.908 empresas, a cidade de Niterói vem em segundo lugar com 205 empresas e 2.365 trabalhadores. A cidade do Grande Rio também se destaca em segundo no ranking nos segmentos de Serviços de TI, com 145 empresas, e em Telecomunicações, com 34 companhias.

Depois de Rio e Niterói, Petrópolis se destaca com 92 empresas, terceira no ranking. O município serrano também é apontado como o segundo polo do setor no estado do Rio, com grande parte dos trabalhadores alocada em Serviços de TI e seguida em Telecomunicações.

O mapeamento destaca também que, em 2013, existiam no país 47.503 empresas e 858.371 empregos formais no setor de TIC. No estado do Rio, verificou-se que 86% dos estabelecimentos do setor são micro empresas. Pequenas, médias e grandes empresas representam 11%, 2,4% e 0,6% respectivamente. Foram identificados ainda os seis polos de Tecnologia da Informação e Comunicação, localizados nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Campinas, Recife e Petrópolis.

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