Itaboraí mostra bons resultados de programas associados à educação
A primeira apresentação, sobre técnicas de mobilização e acompanhamento de pacientes com tuberculose. ocorre às 9h no Hotel São Francisco, no Centro do Rio, durante o seminário Fala Comunidade, promovido pelo Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), que tem como tema “Histórias de Prevenção e Cuidado”.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose (PMCT) de Itaboraí, a enfermeira Maria José Fernandes, a iniciativa de agregar as técnicas de agricultura às atividades realizadas com pacientes em tratamento surgiu a partir dos sintomas apresentados por eles. Segundo a profissional, em geral, aqueles que adquirem a doença tendem a perder peso e apetite. E quando iniciam o tratamento, a variedade de medicamentos ingeridos exige uma alimentação regular e rica em nutrientes.
“O tratamento da tuberculose é demorado. Em média, dura seis meses. E o êxito na cura passa também por aquilo que ingerimos. A proposta do nosso projeto é mostrar que todos podem se alimentar bem, gastando pouco. É possível ter uma horta em casa usando, inclusive, garrafas pet como”, afirma Maria José.
Já às 13h, a equipe do Programa Saúde na Escola de Itaboraí (PSE) apresenta dados de uma amostra inédita realizada em 24 escolas da cidade, que detalha o perfil nutricional dos estudantes do município. O evento ocorrerá na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), no II Seminário de Enfrentamento e Prevenção da Obesidade. Além da pesquisa, também serão abordadas as iniciativas para reversão do quadro.
Pesquisas
De acordo com o estudo feito pelo Programa Saúde na Escola, no início deste ano, dos 6.772 alunos do município de Itaboraí que participaram do levantamento, 14% estavam acima do peso e outros 10,8% em estado de obesidade. Uma nova pesquisa será feita nos primeiros meses de 2016, para constatar o resultado das atividades educativas que foram implementadas.
Em relação à tuberculose, os últimos indicadores do setor de Vigilância Epidemiológica de Itaboraí mostram que o número de pessoas que abandonam o tratamento da tuberculose caiu de 30%, em 2002, para 8,5% em 2013. Os indicadores de cura também melhoraram. Em 2002, eram 62%, e em 2013 somaram 73,8%. Ao todo, em 2014, foram registrados 92 casos da enfermidade em Itaboraí. O índice de cura do ano passado ainda não foi consolidado, uma vez que o tratamento dura no mínimo seis meses.