Itaboraí reúne mil idosos em Festa Julina
Ex-professora de forró, Maria Dalva, 70 anos, era uma das mais animadas e bem vestidas da festa. Com um traje caipira cheio de brilho, ela dançou o tempo todo.
“Fui professora de dança em São Gonçalo. Quando me aposentei, vim para Itaboraí, há 20 anos. Adoro tudo daqui e vou em todas as festas. Essa roupa eu fiz especialmente para esse evento, e quero dançar até o último minuto. Sozinha ou acompanhada, estarei aqui na pista”, disse Maria.
Para quem preferiu não dançar, o projeto ofereceu um curso de boneca de fuxico, realizado ao lado do salão. No mesmo local, a Cruz Vermelha prestou o serviço de aferição de pressão.
Alfredina da Silva, 56 anos, fez questão de ir a festa para aprender a fazer as bonecas de fuxico.
“Minha professora de ginástica avisou que teria esse curso aqui hoje, então não perdi tempo. Fiquei viúva há 10 meses, e aqui no projeto me reencontrei. Minha depressão acabou”, disse ela.
A coordenadora do Vida em Movimento, que hoje atende a 2 mil idosos a partir dos 50 anos, Ana Cardozo comemora o sucesso do projeto, e faz planos para o futuro.
“Tem gente que me pergunta se o projeto vai acabar, já que a cidade vive uma crise de arrecadação por causa da paralisação das obras do Comperj. O Projeto não vai acabar, pois temos parceiros fieis, que nos apoiam. Os idosos podem ficar tranquilos e aproveitar a festa”, afirmou ela.
Pra não acabar a energia, a festa também contou com caldo verde e canjica.
Arlindo de Souza, 68 anos, era um dos que estavam mais concentrados na esquete.
“Adorei essa peça que apresentaram, estavam todos integrados e divertidos. E as roupas estavam ótimas, há muito tempo não me divirto tanto”, disse ele.