Foto: Clarildo Menezes / Prefeitura de Maricá

Maricá deverá sediar em setembro a primeira corrida de motovelocidade em circuito de rua do Brasil. O local escolhido foi a Avenida Gilberto Carvalho, um dos acessos à região de Itaipuaçu, onde foi realizado nesta sexta-feira (30/06) um teste com dois pilotos, que aprovaram as condições gerais da pista a apontaram apenas pequenos ajustes a serem feitos nos 1.780 metros de extensão. A avaliação foi acompanhada pela Secretaria de Turismo do município e a diretoria da Super Liga de Motociclismo do Estado do Rio de Janeiro (Sulmerj), que vai organizar o evento.

As duas pistas da avenida foram fechadas por volta das 15 horas para que os pilotos Felipe Chaves e André di Gallo pudessem dar voltas no circuito estabelecido, que vai da altura do quilômetro 13 da rodovia RJ-106 até a rotatória no início da Avenida Carlos Marighella. No final, ambos afirmaram que o circuito pode render uma excelente prova. “Tem pouca coisa para acertar, mas no geral o espaço é muito bom. Vai render uma ‘brincadeira’ boa aqui”, garantiu Felipe, cuja categoria é a de 600 cilindradas. André, que corre de ‘super bike’ (de 1 mil cilindradas, principal categoria da modalidade), era só elogios. “Bom demais, dá para acelerar bastante”, observou.

Além dessas duas, outras três categorias deverão participar do evento como 250, 300 e 500 cilindradas, com cerca de 100 pilotos aproximadamente. “É daí para mais! Já tem muitos nos procurando e querendo participar, isso sem anunciarmos ainda”, frisou o presidente da Sulmerj, Carlos Magno Morais. De acordo com o produtor Ézio Tavares, a expectativa de público nas arquibancadas a serem montadas é de 40 mil pessoas. “Como teremos ainda eventos paralelos como shows e recreação, podemos esperar mais gente ainda nos dias de evento”, projetou. Para o secretário Robson Dutra, a cidade tem todas as condições de realizar o evento com sucesso. “Tem tudo para projetar o nome de Maricá”, acredita.

Novo autódromo – Para ele e os organizadores, o circuito de motovelocidade pode ainda trazer para o município uma nova pista de corridas, que o estado do Rio perdeu desde a extinção do autódromo de Jacarepaguá para a construção do parque olímpico dos jogos do Rio 2016. De acordo com a Sumerj, uma verba no valor de R$ 480 milhões do Ministério do Esporte está destinada para este empreendimento, que acabou não sendo realizado. A partir da corrida de motovelocidade, a ideia do grupo é direcionar esse montante para que o novo autódromo seja erguido na cidade.

“Isso já devia estar acontecendo, já está tarde. Foi preciso uma iniciativa do prefeito Fabiano Horta de manifestar o interesse e, assim, reavivar essa ideia. Vamos todos trabalhar nesse sentido”, afirmou Carlos Magno. Ézio Tavares reforça: “Já existe um consenso no setor de motociclismo e agora queremos angariar o apoio de outras entidades. A tendência é que consigamos isso”, avaliou.

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