Metalúrgicos fazem protesto e tumultua manhã nas Barcas

A manhã foi de caos para passageiros das Barcas que precisavam atravessar a Baía de Guanabara para chegar ao seu destino.

Aproximadamente 200 metalúrgicos fizeram uma manifestação no Centro de Niterói, na manhã desta quarta-feira. O protesto reuniu trabalhadores de pelo menos três estaleiros de Niterói. A marcha saiu do bairro Ponta da Areia e seguiu até a Estação das Barcas, no centro da cidade.

“Houve muita confusão. Os manifestantes estavam reunidos na porta das Barcas, conclamando e tumultuando a passagem das pessoas. Tinha polícia observando tudo na espreita e à distância. Os seguranças das barcas de olho. Ambiente tenso. Depois todos entraram de uma só vez pela saída da estação, indo em direção a uma barca velha pra atravessar. Tem sido difícil fazer meu trajeto ao Rio tanto pelo mar quanto pela Ponte. O niteroiense já não tem escolha. Tudo precário.”, disse uma das passageiras que não quis se identificar.

Os manifestantes seguiram para o Rio, onde o protesto continua em frente a sede da Petrobras na Avenida Chile. O grupo deseja um encontro com representantes da empresa, temerosos que as investigações da ‘operação Lava Jato’ contribuam para demissões no setor e impossibilidade de novos contratos.

Embalada pelo prejuízo após as denúncias revelada pela Operação Lava Jato, a onda de demissões já chegaria a 15 mil trabalhadores, segundo cálculos do Sindicato de Metalúrgicos do Rio de Janeiro.

Por volta das 11h, a Rua da Assembléia foi interditada pelos metalúrgicos, mas a circulação dos veículos foi rapidamente liberada. Às 11h30 o trânsito nas proximidades da sede da Petrobras era intenso. Entretanto, segundo o Centro de Operações da Prefeitura, não houve interferência dos manifestantes.

CCR Barcas emite nota

A CCR Barcas, empresa que opera na travessia Niterói-Rio, emitiu uma nota informando o ocorrido e assegurando que passageiros não enfrentaria grandes problemas.

“Neste momento, começa a chegar quantidade maior de metalúrgicos, convocados para manifestação às 9h, em frente à Estação Praça Arariboia. O protesto é ordeiro. Passagens foram compradas com antecedência. Uma embarcação tradicional está preparada para atender a demanda extra em caso de necessidade.”

Trabalhadores seriam do Comperj, em Itaboraí (Reprodução/TV Globo)
Trabalhadores seriam do Comperj, em Itaboraí (Reprodução/TV Globo)

Trabalhadores do Comperj em greve

Os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) informaram que decidiram, durante uma assembléia realizada na manhã da quarta-feira (25), entrar em estado de greve até o dia 4 de março, quando voltam a se reunir para discutir uma possível proposta patronal.

Participaram da reunião cerca de 3,5 mil trabalhadores. Durante a reunião, a categoria, que está em campanha salarial com data base iniciada em 1 de fevereiro, decidiu rejeitar o reajuste salarial de 5% proposto pelos patrões, que querem aplicar o mesmo índice ao vale alimentação que hoje está em R$ 410,00. A elevação beneficia os operários que recebem até R$ 5 mil, incluindo os encarregados. Quem ganha acima deste valor permanece com o salário atual.

 

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