Mitos e verdades – Gravidez e o pós parto

IMG-20160323-WA0059O período da gestação e do pós-parto, também chamado de puerpério, pode trazer muitas dúvidas às mamães, principalmente para as de primeira viagem. As crenças populares também ajudam a aumentar os mitos que envolvem a gestação, das mais inofensivas, como prever o sexo do bebê pelo formato da barriga, até escolhas alimentares que interferem na amamentação.

Adriana Mendes, 22 anos, mãe de Joaquim de três meses, conta que ouviu várias histórias durante a gestação e nos primeiros dias do bebê. “Ouvi várias coisas diferentes. Disseram que eu não podia andar descalça amamentando; que se o bebê arrota no peito machuca o bico do seio; que ter muita azia quer dizer que o bebê é cabeludo. Mesmo que eu não levasse tudo muito a sério, acabava olhando na internet para ver se era verdade. Chegou um ponto que eu resolvi ignorar as coisas que me falavam. E hoje, prefiro não contar nada disso para as minhas amigas que estão grávidas”, explica a professora de inglês.

Com ajuda da Coordenação – Geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, o Blog da Saúde explicar melhor ou desmente algumas desses mitos que cercam a chegada do bebê.

• Se a grávida passa vontade, o bebê nasce com a cara da comida.

O desejo de comer coisas estranhas é comum na gravidez. Não há risco do bebê nascer com problemas caso você passe vontade. Em virtude das modificações e adaptações que ocorrem no corpo de uma mulher grávida, é comum apresentar desejos ou aversões por determinados alimentos.

• Mulher grávida precisa comer por dois.
De maneira geral, a recomendação é de que a mulher grávida mantenha uma alimentação balanceada e saudável, com preferência para alimentos naturais, não processados ou industrializados, rica em fibras, vitaminas e minerais e pobre em gorduras, além de ingerir bastante líquido.

• Dormir de bruços machuca o bebê, e dormir sobre o lado esquerdo é melhor.
A mulher grávida pode escolher a posição em que se sinta mais confortável para dormir, inclusive a posição conhecida como “de bruços”. No entanto, quando a mulher se deita de lado, principalmente do lado esquerdo, o fluxo sanguíneo que chega ao bebê é facilitado.

• A mulher que fez uma cesariana não pode ter parto normal na gravidez seguinte.

A frase que diz “uma vez cesárea, sempre cesárea” não é mais verdade. De acordo com as evidências científicas atuais, a mulher que foi submetida a uma cesariana pode sim ter parto normal na gravidez subsequente, pois os riscos de complicações de um parto normal são inferiores aos demais riscos que estão relacionados a cirurgias sucessivas (exemplo: lesão de órgãos internos, alterações placentárias, hemorragias, infecções, entre outros).

• A mulher não pode lavar a cabeça desde no primeiro dia após o parto.

Não há razoes médicas para que a rotina de higiene pessoal seja alterada após o parto.

• O bebê provoca rachaduras no peito da mãe quando arrota sobre ele.

Escoriações e fissuras em mamilos e aréolas são causadas, principalmente, porque a técnica de amamentação não está adequada (o bebê não está pegando de forma correta). Para resolver, é necessário o apoio da equipe de saúde e realizar a correção.

• A mulher grávida pode fazer tratamento odontológico?

É importante e saudável cuidar da saúde bucal durante a gravidez. Há, inclusive, anestésicos locais e antibióticos que podem ser usados durante a gravidez se forem necessários.

• Enquanto a mulher estiver amamentando não existe chance de engravidar.

Em virtude das modificações hormonais relacionadas à amamentação, é possível que a mulher não consiga identificar o retorno da ovulação e engravide mesmo antes de apresentar ciclos menstruais novamente. Por essa razão, é de extrema importância o acompanhamento na unidade de saúde para o planejamento reprodutivo.

• O cabelo cai em maior quantidade depois do parto?

Em virtude das mudanças hormonais que ocorrem durante a gravidez, há um maior crescimento do cabelo; após o parto, esses novos fios começam a cair, aparentando uma maior quantidade de queda. Em geral, é um processo normal, mas, em caso de dúvidas, é importante procurar a unidade de saúde.

Fonte: Blog da Saúde

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