São Gonçalo no combate ao Aedes aegypti
A ameaça do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, pode estar em qualquer espaço de nossa casa onde tenha água limpa e em temperatura ambiente, ideal para se tornar criadouro de larvas do mosquito. Uma das principais formas de se prevenir contra as três doenças, é evitar o nascimento do mosquito. O mês de janeiro fechou com 112 casos de dengue no município de São Gonçalo. Até o momento sete gestantes foram diagnosticadas com zika e nenhum recém-nascido apresentou quadro de microcefalia.
Nesta quarta-feira (03), a equipe de agentes de endemias da Vigilância Ambiental esteve no bairro Boaçu. Moradora do local há 28 anos, a dona de casa Júlia Caetano, 50, recebeu a equipe e tirou dúvidas quanto ao tratamento de sua piscina. “Cuido bastante do meu quintal para que não exista a possibilidade de sermos infectados. Piscina, calhas, ralos, todos os lugares possíveis são inspecionados”, explica.
Em apenas 45 dias de vida, uma única fêmea do mosquito, pode contaminar 300 pessoas e dar origem a 1.500 mosquitos durante sua vida. Por isso a quebra do ciclo de vida, fazendo a eliminação das larvas, é um dos trabalhos realizados diariamente pelos agentes de endemias da Vigilância Ambiental.
Segundo o coordenador do controle de vetores, Adauto Galvão, a sujeira acumulada nas bordas facilita a fixação dos ovos, que em contato com a água, eclodem e viram as larvas.
“O uso do cloro é importante e requer cuidados se for utilizado uma quantidade a mais, mas os cuidados não se resumem a piscina, uma simples tampa de garrafa com um pouco de água já causa um estrago tremendo”, conta.
Desde novembro os trabalhos foram intensificados no município. Equipes de ponto estratégicos dos Agentes de Endemias realizam o trabalho de visitação em locais como borracharias, cemitérios, ferros-velhos e depósitos. As piscinas sem uso estão sendo monitoradas com o peixe da espécie guppy, conhecido como barrigudinhos. Este tipo de peixe combate as larvas do mosquito, uma vez que são predadores naturais do Aedes Aegypti.
As visitas dos agentes epidemiológicos podem ser solicitadas através dos telefones 3856-7759 ou 0800-022-6806.