Unidades prisionais combatem o Aedes Aegypti
Internas e funcionários do Complexo Penitenciário de Gericinó começaram nesta quarta-feira (9/3) a dedicar alguns minutos do dia para combater o Aedes aegypti. A Penitenciária Talavera Bruce, a Unidade Materno Infantil (UMI), a Cadeia Pública Joaquim Ferreira e o Presídio Nelson Hungria foram as primeiras unidades a receber a ação de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, promovida pela Coordenação de Gestão em Saúde Penitenciária.
A campanha é uma iniciativa do Ministério da Saúde. Na ação, a equipe de Controle de Vetores da Secretaria de Administração Penitenciária distribuiu folders e leques, colou cartazes em locais de acesso de internas e funcionários e explicou como combater possíveis focos de mosquito. Na Penitenciária Talavera Bruce, as internas contaram que já fazem uma patrulha diária para que poças e possíveis focos de larvas não se acumulem nas galerias.
– Temos que nos proteger do mosquito. Gostei da campanha – disse a interna Renata Moraes.
Desde 2002, o Governo do Estado tem promovido ações diárias de controle de vetores e combate ao Aedes aegypti. Responsável técnico da Coordenação de Gestão em Saúde Penitenciária, José Luiz Guerreiro explicou que, a cada 15 dias, fumacês são aplicados nas unidades prisionais.
– Diariamente, uma unidade prisional é contemplada com a aplicação de larvicidas e inseticidas que são reaplicados quinzenalmente – afirmou José.
Repelentes
Além das ações de combate aos focos do Aedes aegypti, a Secretaria de Administração Penitenciária vai entregar repelentes para as internas gestantes na Penitenciária Talavera Bruce. O material será comprado pelo Departamento Penitenciário Nacional e distribuído na unidade estadual, segundo o secretário Erir Ribeiro Costa Filho.
– Os repelentes serão distribuídos entre as grávidas porque a contaminação pelo zika vírus pode ocasionar a mal formação do feto – ressaltou o coronel.
Dados estatísticos da secretaria apontam que, desde 2015, somente dois casos de dengue foram registrados em todo o sistema penitenciário, sendo um funcionário e um interno. De acordo com a coordenadora de Gestão em Saúde Penitenciária, Yvone Pessanha, não há registro de zika nos presídios do Rio de Janeiro.
– Os casos de dengue ou suspeita de doença transmitida pelo Aedes aegypti são informados à coordenação de saúde. Caso haja confirmação da doença, comunicamos à Secretaria de Saúde para as devidas providências – explicou a coordenadora.