ISP: violência aumenta na Zona Sul de Niterói

Dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que os índices de roubo no bairro de Icaraí, Zona Sul de Niterói, aumentaram consideravelmente nos primeiros meses de 2017, em comparação ao mesmo período do ano passado. O clima de insegurança preocupa os moradores e lojistas da região.

Os roubos de carro e de celulares, segundo o ISP, cresceram quase 40%. Boa parte deles ocorreu na esquina da Rua Ministro Octávio Kelly com a Avenida Sete de Setembro, que chegou a ser batizada pelos moradores como a “Esquina do Perdeu”. “Eu moro aqui a vida toda, sempre andei por aí, e dia desses, em plena luz do dia, um cara me ameaçou, pegou meu celular, e ainda mandou eu ‘vazar’ dali”, relatou o estudante de Computação Gustavo Santos, 20 anos.

“Fui assaltado também outras duas vezes, de dia, perto do Campo de São Bento. Meu irmão também já foi assaltado na Presidente Backer. Aquele pedaço do Banco do Brasil é muito perigoso, especialmente a noite”, continuou Gustavo. “Icaraí está terrivelmente perigosa”.

O comércio também sente os efeitos do aumento da criminalidade. Os ataques aos comerciantes cresceram mais de 45% nesses primeiros quatro meses, em comparação ao ano passado.

Além disso, no polo gastronômico de Icaraí, local que concentra diversos bares e restaurantes, foi registrada uma queda de 30% no movimento por conta da violência. “Com certeza (nós sentimos o impacto da violência), as pessoas têm medo de sair ou ficar até tarde na rua depois de certo horário”, disse a Travessa Bistrô, um dos bares do polo. Eles afirmam, ainda, que o período em que o movimento realmente começa a cair é por volta da meia-noite.

Em nota, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro se pronunciou sobre o caso e o que tem feito para diminuir a violência nas regiões citadas na matérias.

“O comando do 12º BPM (Niterói), coronel Rocha, esclarece que a bairro de Icaraí, em Niterói, é patrulhado com viaturas e motos. Em determinados horários, viatura da Unidade é baseada na região de forma a aumentar a sensação de segurança dos transeuntes e para coibir crimes. Entre os meses janeiro e abril de 2017 foram apreendidas 121 armas de fogo e o batalhão efetuou 134 prisões no mês de maio de 2017 na região sob sua responsabilidade.”

Ainda segundo o Coronel Rocha, o batalhão atua com base na mancha criminal apontado pelos índices do Instituto de Segurança Pública, sempre com o objetivo de reprimir ações criminais.

“É importante ressaltar a importância de as vítimas registrarem queixas na Delegacia mais próximas, ligar para o 190 e para o disque-denúncia através do telefone 2253-1177.”

Atualizado às 19h22

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