Anvisa aprova Kisunla: novo tratamento para Alzheimer em estágio inicial

O donanemabe é um novo medicamento injetável para o tratamento do Alzheimer, aprovado em julho nos Estados Unidos e agora aprovado pela Anvisa no Brasil. De uso mensal, é fornecido em ampolas de 20 ml e deve ser administrado com prescrição médica. No entanto, o remédio não é indicado para pacientes com o gene da apolipoproteína, que usam anticoagulantes (como varfarina) ou que possuem angiopatia amiloide cerebral.

Entre os efeitos colaterais mais comuns estão febre, sintomas semelhantes aos da gripe e dores de cabeça. Apesar de sua recente aprovação, o donanemabe, assim como o lecanemabe (Laqembi), enfrenta críticas de especialistas devido à sua eficácia ainda limitada no combate ao Alzheimer.

Enquanto o lecanemabe foi recentemente aprovado pela Comissão Europeia, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou a recusa do uso do donanemabe para a mesma finalidade.

No Brasil, a Anvisa anunciou que irá monitorar com rigor a segurança e eficácia do donanemabe, principalmente considerando que o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e irreversível. Segundo o Ministério da Saúde, a enfermidade possui quatro estágios e afeta a memória, a coordenação motora e, nos estágios mais avançados, limita o paciente ao leito.

O estudo com donanemabe foi realizado com pacientes no estágio inicial da doença, caracterizado por alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.