Linha 3 entre Niterói e São Gonçalo e corredor BRT na RJ 104 ficam para 2021
O secretário de Transportes, Carlos Roberto Osorio, apresentou nesta quarta-feira (9/12), no Fórum de Desenvolvimento Urbano da Alerj, o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) da Região Metropolitana. O PDTU orientará as políticas públicas estaduais para a área de transporte e mobilidade na Região Metropolitana além de ser utilizado como base para a elaboração dos planos municipais de mobilidade dos 21 municípios do Grande Rio.
Financiado pelo Banco Mundial ao valor de R$ 5 milhões, o estudo teve três anos de elaboração (2012/2015) e inclui levantamentos detalhados e pesquisas de campo para identificar todos os deslocamentos na Região Metropolitana.
Foram realizadas 265.373 entrevistas com moradores. Para definir a grade de origem e destino das cerca de 22,5 milhões de viagens realizadas por dia, a Região Metropolitana foi dividida em 730 quadrantes. Pelos dados levantados, 48,7% das viagens são feitas por transporte coletivo, 31,8% por meios não motorizados (a pé e de bicicleta) e 19,5% por transporte individual.
Relembre
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Além disso, também foi realizado um diagnóstico e avaliação de desafios estratégicos na área de transportes, incluindo sobreposição de serviços, oferta concentrada em alguns corredores, identificação de sistemas de maior capacidade subutilizados, baixa integração física, operacional e tarifária e inadequação de oferta x demanda em alguns corredores.
A partir daí, foram desenvolvidas projeções de cenários sócio-econômicos e de uso do solo para projetar a demanda futura. Também foram realizadas oficinas de trabalho com diversos especialistas na área de transportes para o levantamento de soluções aos desafios apresentados. E, por fim, o PDTU tem a capacidade de realizar simulações e análises de cenários futuros com o objetivo de projetar e testar soluções para os desafios da mobilidade.
O PDTU desenhou três cenários para orientar o planejamento dos gestores públicos. O primeiro, com a oferta de transportes prevista para 2016, que inclui a entrega de novos projetos como a Linha 4 do metrô, os BRTs TransOlímpico e TransBrasil e o aumento da capacidade do sistema ferroviário com a chegada de novas composições. O segundo cenário tem como referência o ano de 2021, no qual o PDTU propõe a implantação de novos projetos na área de transportes como a extensão da Linha 2 do metrô no trecho Estácio-Carioca-Praça XV, a implantação da Linha 3 do metrô entre Niterói e São Gonçalo, a implantação do corredor BRT na RJ 104 ligando Niterói a São Gonçalo e Itaboraí, além de um conjunto de corredores de ônibus BRS na Região Metropolitana.
Também está previsto nesse cenário o investimento no reforço da integração entre modais em Caxias, Nova Iguaçu, na Pavuna, em Coelho Neto, Deodoro e Alcântara (São Gonçalo).
O terceiro cenário visa o longo prazo com uma visão de 30 anos que inclui a expansão da rede metroviária em trechos como as ligações Uruguai-Méier, Gávea-Uruguai, Jardim Oceânico-Terminal Alvorada e Alvorada-Ilha do Governador. Já no sistema ferroviário, está prevista a implantação da expansão Santa Cruz-Itaguaí e a criação de integração entre os ramais Japeri, Belford Roxo e Saracuruna, na Baixada Fluminense. Também está prevista a implantação de corredores BRTs intermunicipais na Baixada Fluminense e no Leste Metropolitano.
“O PDTU será a bússola que vai orientar Estado e municípios da Região Metropolitana no desenvolvimento de suas redes integradas de transportes. Ele será a base comum dos planos municipais de mobilidade e orientará as políticas públicas estaduais. Esse projeto é um documento vivo que será discutido com a sociedade e adaptado às novas realidades ao longo do tempo”, afirmou o secretário Osorio.