Biometria gera tumulto em Niterói
A demora prevista pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desde o recadastramento por conta do novo sistema de identificação, foi o grande responsável por longas filas e princípios de tumultos na cidade de Niterói.
Assim como a Cidade Sorriso, outros 761 municípios do Brasil utilizaram a biometria.
Tranquilidade na primeiras horas do dia, tumulto por volta do meio dia e e muita sujeira nas ruas marcaram as eleições no Centro de Niterói neste domingo (05). Mesmo com a intensa movimentação na 18ª Seção Eleitoral, localizada nas dependências da Universidade Unipli-Anhanguera, o pleito transcorreu sem grandes incidentes, apesar de ter ocorrido uma pequena demora no procedimento de leitura das impressões digitais. Na Rua Marechal Deodoro, a situação não foi muito diferente com muitos panfletos de candidatos jogados pela via e poucas bandeiras carregadas por cabos eleitorais.
Já no bairro vizinho, em São Domingos, houve quem reclamasse da longa espera para exercer a cidadania. O engenheiro Luiz Roberto Guimarães, 45 anos, chegou a mudar seus planos para o domingo.
“Cheguei ao Iepic (Instituto Estadual Professor Ismael Coutinho), onde voto, e havia uma fila imensa. Daí, resolvi antecipar as compras no mercado com minha esposa e, depois, voltarei para votar. Quem sabe a situação tenha melhorado até lá”, afirmou.
Em Santa Rosa, depois de enfrentar uma extensa fila, a professora aposentada Eliane Borges, 72 anos, ainda passou por transtornos na hora de votar.
“Tive problema na hora de capturarem minhas digitais. Precisei passar pela leitura biométrica oito vezes. E, mesmo assim, depois da oitava vez, acabei tendo que receber a validação da mesária”, contou indignada.
Já na Região Oceânica de Niterói, a demora por conta da biometria, também foi motivo de uma longa fila fora das dependências do colégio Pluz, localizado na Rua Nicarágua, na Avenida Central. Ainda no entorno do colégio, a sempre presente, boca de urna, era praticada sem problemas, levando muita sujeira para as vias públicas.