Cabeça de chave engolida e decisões a partir desta segunda
A Copa que não enche os olhos no número de gols é a mesma que não tem 0 a 0. Também não chega a encantar na qualidade técnica da maioria das partidas, mas transborda emoção em quase todas elas. Tudo isso é tão paradoxo quanto uma cabeça de chave passar seus dois primeiros jogos sem somar um ponto sequer. Essa é a Polônia, que está fora, restando ainda uma rodada, depois do passeio que levou da Colômbia, de James, Cuadrado, Falcão e Mina, neste domingo (24). Três a zero acabou sendo pouco. Mesmo assim, os sul-americanos precisarão vencer o agradável Senegal, que quase seguiu 100%, porém cedeu o empate duas vezes ao surpreendente Japão: 2 a 2. Neste Grupo H, só quem não está viva é a própria Polônia… Que marcou uma quantidade pequena de amistosos para não perder muitos pontos, se manter bem posicionada no ranking da FIFA e “pegar uma chave mais fraca”. Que ironia! A única europeia a morrer já agora, apagada como seu craque Lewandowski.
O domingo começou com outro atropelamento. Este já aguardado. O da Inglaterra sobre o fragilíssimo Panamá, que conseguiu um golzinho nos 6 a 1. Baloy – veterano zagueiro de 37 anos, ex-Grêmio e Atlético Paranaense – foi o autor. Dessa forma, ingleses e belgas estão classificados no Grupo G e decidirão a liderança dele na quinta-feira (28).
A semana que entra em vigor amanhã vai dar início ao mata-mata dentro da fase de grupos. É a terceira rodada. Pelo A, os russos necessitam somente de uma igualdade no placar para serem os líderes. Devido ao pobre saldo de gols, os uruguaios têm a obrigação da vitória neste caso. Sauditas e egípcios fazem um amistoso de luxo, algo já esperado pelo lado asiático e frustrante na parte africana. Esses quatro duelarão às 11h (de Brasília).
O dia será fechado com os confrontos das 15h, válidos pelo Grupo B, no qual a Espanha não deve ter problemas para garantir a vaga batendo ou empatando com o eliminado Marrocos. Estes, por sinal, não mereciam essa condição tão cedo, porém cometeram um grande pecado do futebol ao sofrerem aquele gol contra no jogo com o Irã, que custou os três pontos na estreia. Simultaneamente, Portugal (super favorito neste duelo) joga com a vantagem de não precisar do triunfo diante dos iranianos. Os comandados do português (olha a coincidência) Carlos Queiroz só têm uma saída: vencer. Convenhamos, por mais que este grupo esteja em aberto, é muito difícil imaginar Cristiano Ronaldo (sim, ele) ser derrotado por uma equipe que até se defende dignamente, mas é quase nula no ataque. Será no mínimo interessante vê-los tendo que buscar o gol, algo que não ocorreu contra Marrocos e Espanha. A seleção lusa tem tudo para avançar, só que uma hora a conta da dependência deve chegar. Precisam formar urgentemente um bom time. O craque, claro, já está presente.