Câncer: conhecer para combater
No combate aos diversos tipos de câncer, o comportamento preventivo mais seguro é afastar os principais fatores que podem ocasionar a doença. A avaliação é da oncologista Luciana Benevides, que atende no Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (Hupaa-Ufal).
Segundo a médica, “não existe uma causa única para o surgimento do câncer, que é multifatorial. No entanto, viver de forma saudável reduz as chances de desenvolvê-lo”. A oncologista aponta como comportamento saudável evitar exposição ao fumo ou o próprio tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas e o sedentarismo. Além disso, o cuidado com hábitos alimentares é considerado essencial na prevenção da doença.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) informam que a cada ano mais de 12 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com a doença, sendo que cerca de 8 milhões de pessoas morrem vítimas do mal. No Brasil, somente para este ano, são esperados mais de 500 mil novos casos da doença. O diagnóstico precoce ainda é o grande desafio dos profissionais da saúde para combater o câncer.
Tratamento na rede Ebserh
Em caso de diagnóstico de câncer, diversos tipos de tratamentos são disponibilizados nos hospitais filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O almoxarife e fisiculturista Marcos Rodrigues de Paiva, de 35 anos, faz parte de uma extensa lista de pacientes beneficiados com a abordagem adequada. Após sofrer com uma dor um pouco acima da virilha, foi constatado que ele tinha carcinomatose peritoneal, um tipo de câncer no peritônio, membrana que recobre os órgãos localizados no abdômen.
Marcos realizou a cirurgia para tratamento no Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC). Além da unidade, não há registro da realização desse tipo de procedimento como modalidade terapêutica regular nos hospitais públicos do Ceará. ”Os profissionais trabalham em conjunto para que esse paciente não só faça o tratamento como saia vivo desse procedimento de grande porte”, pontua Marcelo Leite, cirurgião e professor-adjunto do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFC.