Com obra parada há meses, construção do Hospital da Mãe preocupa São Gonçalo
O município de São Gonçalo, que ganharia a primeira maternidade estadual, a partir do segundo semestre de 2015, terá que esperar mais um pouco para contar com o aparelho público na área da saúde. Inicialmente prevista para ser entregue no segundo semestre de 2013, o prazo passou para o segundo semestre de 2015, como matéria publicada no Correio da Cidade Online, no dia 5 de fevereiro de 2015.
Com um orçamento inicial na casa dos R$ 43 milhões, a unidade, no bairro Colubande, fica ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Contudo, 2016 chegou, a nossa equipe retornou ao local e a obra ainda parece estar longe do fim.
Relembre
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O atraso na conclusão da unidade, que já deveria estar funcionando e atendendo a população gonçalense, tem sido alvo de críticas dos moradores da região. Com seis meses de gestação, Stephane Ribeiro, de 20 anos, lamenta a paralisação das obras:
“Se tivesse ficado pronto como falaram, hoje eu teria meu parto próximo a minha casa e não precisaria ter que me deslocar para o Hospital da Mulher, não só para o parto, mas qualquer coisa que preciso tenho que ir pra lá, é cansativo ainda mais agora na reta final da gestação, fora que o Hospital da Mulher está lotado, estou com medo de ir pra lá ter o bebê e não ter lugar pra mim.”
Procurada sobre o atraso nas obras, a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP) informou que as obras da unidade são de grande complexidade, que o cronograma teve que ser readequado, mas não informou uma nova data para a entrega da unidade. Veja na íntegra a resposta da EMOP.
“As obras da Maternidade e Hospital da Mãe, em São Gonçalo são de grande complexidade. A previsão é de que mais de 10 mil consultas e 800 partos sejam realizados mensalmente na unidade. A unidade de saúde tem perfil de atendimento de baixa e média complexidade, e contará com quatro consultórios de maternidade e um de serviço social. Além disso, 14 salas de PPP (pré-parto, parto e pós- parto), 80 leitos de enfermaria, centro cirúrgico e Unidade, 4 de terapia Intensiva (UTI) Neonatal, para suporte aos recém-nascidos.
O Governo do Estado está priorizando a destinação de recursos para manter funcionando toda a rede de saúde existente, para o atendimento imediato à população. A obra passa por readequação de liberação de recursos e, consequentemente, é necessária também a readequação dos cronogramas das intervenções. Readequar cronograma não significa que as obras não serão concluídas. É apenas adaptação ao momento”, informou a EMOP.