Estudante gonçalense comemora premiação
Dois dias após vencer a 3ª Edição do Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, na categoria “Redações dos Alunos do Ensino Fundamental”, com o tema “Brasil, Cidadania e Direitos Humanos”, a estudante Maria Eduarda Ramos da Silva, 14 anos, ainda relembra da emoção de ouvir seu nome anunciado como vencedora na solenidade de premiação que ocorreu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Centro do Rio.
Moradora do Mutuá e aluna do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Municipal Amaral Peixoto, no Lindo Parque, Duda – como é chamada por amigos e familiares – escreveu uma redação inspirada no tempo em que morou próximo ao Mutuapira. Apesar da paixão por leitura e escrita, pretende cursar uma faculdade de Medicina.
“Eu me lembro de como era quando havia tiroteio”, disse, contando que agora está escrevendo um livro sobre ficção científica com romance.
“Não fiquei surpresa quando soube da indicação, mas não sabia que ela venceria o prêmio e nem tinha noção da dimensão dele. Ela sempre foi muito precoce e inteligente. Quando estava na alfabetização, fui chamada na escola para que ela pulasse um ano”, contou, orgulhosa, a cabeleireira Roberta Souza Ramos, 32, mãe de Duda.
O prefeito Neilton Mulim parabenizou a estudante gonçalense.
“Isso é fazer história, construir momentos em nosso município. É um orgulho vermos uma aluna da nossa rede de ensino conquistando um prêmio que teve um grande número de concorrentes. É assim que nós construímos dias melhores”, declarou Mulim.
O estudante Rafael Tavares Porto, do Colégio Municipal Castelo Branco, no Boaçu, também foi premiado. Os três alunos que venceram a categoria Redações dos Alunos do Ensino Fundamental ganharam um tablet, para o aperfeiçoamento educacional.
Nas outras categorias – Trabalhos Acadêmicos e Práticas Humanísticas (ambas com tema “Educação e Direitos Humanos: A pessoa em primeiro lugar”), os vencedores receberam prêmios em dinheiro, que variaram entre R$ 5 mil e R$ 15 mil.
A solenidade ocorreu na noite desta segunda-feira, dia 17 de novembro, e foi aberta pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Gonçalo, que entoou o Hino Nacional, sob regência do maestro Paulo Guarany. Na segunda apresentação, eles contaram com a participação da Fundação da Associação dos Gaiteiros Brazilian Piper, que possui um projeto social no bairro Sacramento.
O Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos foi criado em 2012, um ano depois da morte da juíza, que trabalhava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. A magistrada foi assassinada quando chegava em sua casa, no bairro Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, dias após decretar a prisão de 11 policiais militares acusados de forjar autos de resistência.