Gonçalense é diagnosticado com malária
Um morador do bairro Porto Velho, em São Gonçalo, foi diagnosticado com malária no Hospital Central do Exército (HCE), em Campinho, na
última quarta-feira (29), com malária. O paciente, que é do Exército, tem cerca de 30 anos, e teria contraído a doença no Amazonas, durante uma viagem de trabalho. O homem foi encaminhado para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde recebeu tratamento e foi liberado.
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De cordo com a Fiocruz, o militar contraiu a doença no município de São Gabriel da Cachoeira, interior do Amazonas. No Brasil, há três espécies de parasitas do gênero Plasmodium associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. Malariae. No caso do morador de São Gonçalo, ele foi infectado com o vivax.
Essa é a forma mais branda da doença, que é raramente mortal e atinge não mais que 1% das hemácias. No entanto, quem for infectado com esse tipo da doença pode ser tratado por um tempo prolongado, já que o parasita pode se alojar no fígado. Os sintomas ainda podem ser confundidos com dengue, já que pode haver diminuição no número de plaquetas, dificultando o diagnóstico.
Boletim
A Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde informou que até a segunda-feira (27), foram notificados 20 casos confirmados de malária no Estado do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, os dados são compilados a partir das notificações inseridas pelos municípios no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), e que casos da doença na região de Mata Atlântica ocorrem de forma endêmica no Estado do Rio de Janeiro.
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A Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES) informou, ainda, que dispõe de equipes de campo que realizam visitas aos locais de provável contaminação para acompanhamento e avaliação dos casos já notificados, além de prestar orientação às equipes de saúde dos municípios.
Com maior incidência no verão e sem risco de contaminação no ambiente urbano, o infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Alberto Chebabo, explica que cuidados devem ser tomados ao visitar um local de mata fechada.
“A doença é restrita à mata, normalmente os casos acontecem em locais de mata fechada, onde a malária circula e o homem acaba entrando como hospedeiro. Para quem for visitar locais com essa característica, é importante utilizar repelente, principalmente no verão, e fazer o uso de roupas cobrindo boa parte do corpo”, orienta o especialista, que lembra os sintomas da malária.
“Os sintomas são febre com calafrio, que acontecem a cada dois ou três dias, quando há liberação do parasita no organismo. Vale ressaltar que não existe transmissão de pessoa para pessoa. Nem a possibilidade da doença se espalhar no ambiente urbano”, comentou o infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Alberto Chebabo.
O infectologista ainda alerta que, em caso de sintomas, seguidos de um histórico epidemiológico, quando a pessoa passa por regiões de incidência da doença, deve-se procurar uma unidade de saúde para realizar o exame que identifica a presença do parasita.
Procurado, o Exército informou que o HCE recebe frequentemente militares oriundos da região amazônica
infectados com malária. O Exército informou ainda que os militares passam por inspeções de saúde periodicamente
e podem se dirigir ao estabelecimento militar de saúde mais próximo caso sintam algum sintoma da referida doença.
Atualizado em 03/04, às 11h