Governo do Rio usa redes sociais para se aproximar do cidadão
Aplicativos para smartphones e tablets e páginas em redes sociais são alguns dos recursos tecnológicos que o Governo do Rio vem aderindo para se aproximar ainda mais da população. Agilidade, capacidade de alcançar um grande número de pessoas e praticidade são algumas das vantagens das novidades.
A Polícia Militar é uma das instituições do Governo mais presentes no mundo virtual. Sua fanpage no Facebook (www.facebook.com/pmerjoficial?fref=ts) existe há cinco meses e já tem mais de 120 mil fãs. A iniciativa vai originar a criação de um manual de boas práticas nas redes sociais, em fase de conclusão, que vai determinar como devem ser administradas as mais de 40 páginas de batalhões e Unidades de Polícia Pacificadora e também orientar sobre o uso dos perfis pessoais dos policiais.
Ciente da alta capilaridade e abrangência das redes sociais, o comandante do 2º BPM (Botafogo), tenente-coronel Marcio Rocha, criou em maio deste ano, logo após assumir a unidade, uma página do batalhão no Facebook. A ideia é que, por meio dela, os moradores da região possam interagir com o efetivo, facilitando a implantação da política de polícia de proximidade.
– Essa tem sido mais uma forma de nos inteirarmos dos problemas da comunidade. Também participamos ativamente, inclusive como administradores, de grupos fechados da rede social dos bairros do Flamengo e Botafogo que existem para relatar casos de violência e desordem. Em todas essas páginas, os moradores podem informar a polícia em tempo real o que acontece nessas regiões. As denúncias são monitoradas pelo nosso setor de inteligência, que avalia se a situação precisa de uma resposta imediata ou não. Também damos um feedback sobre os casos nos próprios grupos. Essa presença na rede social permite que o batalhão se comunique com mais de 20 mil pessoas e tem ajudado a melhorar a confiança e a credibilidade da população na polícia – afirmou Rocha, que também disponibiliza um número de celular com whatsapp para denúncias (96579-3663).
Outro batalhão que vem apostando na agilidade e praticidade do aplicativo de troca de mensagens é o 30º BPM (Teresópolis). O comandante da unidade, tenente-coronel Cleber Maia, conseguiu uma parceria com uma empresa de ônibus da cidade que veicula embusdoors de 115 ônibus um número de telefone do batalhão com whatsapp para denúncias (21/ 99817-7508).
– Já recebemos mais de 200 demandas via whatsapp e esse quantitativo já é maior do que as chamadas para o telefone fixo do batalhão. Fizemos grandes ocorrências que surgiram de denúncias recebidas pelo aplicativo. A população participa muito e percebemos uma receptividade grande desde que implementamos essa ferramenta, que hoje em dia todo mundo usa. As pessoas mandam também vídeos e fotos e, dessa maneira, conseguimos ter mais dados sobre os casos – explicou.
Há menos de um mês, o 6º BPM (Tijuca) e o 12º BPM (Niterói) começaram a utilizar de forma experimental o aplicativo COLAB.RE, onde a população pode fazer reclamações e avaliar serviços públicos. Através da ferramenta, disponível para todos os sistemas operacionais de smartphones e tablets, os batalhões recebem as demandas, que são investigadas. No setor de segurança, há quatro tipos à escolha: assalto ou roubo, exploração de menores, roubo de veículos e tráfico de drogas.
– O usuário tem que fazer um cadastro quando baixa o aplicativo. Nele, é possível relatar o problema e também mandar fotos, que são georreferenciadas. A principal vantagem é a velocidade das informações. Vamos avaliar o resultado desse projeto piloto e ver a viabilidade de estender para outras unidades policiais – disse o responsável pelo setor de planejamento e estatística da PM, tenente-coronel Mauro Maciel.
Em julho, o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) lançou o Fiscal de Bolso, aplicativo que visa facilitar o contato entre os usuários do sistema de ônibus e as equipes de fiscalização, permitindo o envio de reclamações, sugestões, fotos e comentários sobre as linhas intermunicipais. Essas informações são integradas imediatamente ao Sistema de Inteligência e Monitoramento (SIM) do Detro e encaminhadas para fiscalização.
Desde que foi lançado, o aplicativo já foi baixado por 3.117 usuários, recebeu 973 reclamações e 127 elogios. A maior parte das reclamações refere-se a queixas de excesso de velocidade, direção imprudente, excesso de passageiros, mau estado de conservação dos ônibus e não parar no ponto. Já os elogios são, em sua maioria, sobre a boa conduta do motorista.
Também este ano o órgão criou o WhatsApp Fale Detro (98596-8545). Para participar, é preciso enviar na primeira mensagem nome completo, e-mail, cidade e bairro onde mora, para que os dados sejam incluídos no sistema, gerando um protocolo de atendimento. Até agora, o número recebeu mais de 10 mil mensagens. Entre os assuntos mais recorrentes, estão pedidos de informação sobre o processo de liberação de veículos apreendidos nas fiscalizações, denúncias do Uber e perguntas sobre a legislação de transporte. As reclamações mais comuns são sobre má conservação dos ônibus, não parar nos pontos, problemas de acessibilidade e horário irregular.
Outro órgão que aderiu aos aplicativos é o Procon-RJ. Em parceria com o Proderj, foi criado o Meu Procon-RJ, disponível para os sistemas Android ou iOS. Nele, o usuário pode fazer uma reclamação ou denúncia no próprio local onde detecta o problema, podendo anexar até três imagens. Caso não haja rede de internet 3G ou wi-fi no local, o registro é salvo no aplicativo e enviado ao sistema do Procon automaticamente assim que houver conexão. A demanda gera um número de protocolo, que pode ser acompanhado pelo próprio usuário, e é encaminhada para a empresa responsável, que deve apresentar uma resposta satisfatória ou resolver a questão.
– O programa permite que o consumidor reclame na hora em que o problema acontece, sem transtorno, sem deslocamento e com resultado eficiente. Temos um índice de cerca de 80% de solução. Quando isso não acontece, marcamos uma audiência na sede do Procon para que o problema seja concluído junto à empresa. Esse processo dura, no máximo, 30 dias – disse o subsecretário de Políticas Públicas da Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor, José Geraldo Machado Junior.
O aplicativo conta ainda com um ranking com as 10 empresas que tiveram mais reclamações no mês anterior, uma área com as perguntas e respostas sobre as dúvidas mais comuns entre os consumidores, uma aba com explicações sobre as regras do comércio eletrônico e informações sobre os postos do Procon, com dias e horários de funcionamento. O programa já recebeu 4.043 demandas desde que foi criado, em março de 2014, até julho deste ano. Dessas, 6,6% querem a devolução do valor pago por insatisfação pelo serviço ou compra de produto, 5,9% reclamam sobre a não entrega dos produtos no prazo, 6,5% são sobre pedidos de reparos e 4,9% sobre trocas.