Há 33 anos, Nelson Piquet se tornava bicampeão da Fórmula 1
Há 33 anos, em 15 de outubro de 1983, Nelson Piquet se tornava bicampeão mundial da Fórmula 1. A conquista foi na prova de Joanesburgo, na África do Sul, quando o brasileiro cruzou a linha de chegada na terceira posição. Veja vídeo dos momentos finais do GP de Joanesburgo:
https://www.youtube.com/watch?v=toQZPoD3PBo
Era um dia de sábado, Piquet tinha que reverter a vantagem de Alain Prost, que chegava à última prova daquela temporada como líder, com 57 pontos, contra 55 de Nelson. A pole-position para a corrida final ficou com Patrick Tambay, da Ferrari. Piquet e Ricardo Patrese, ambos da Brabham, vinham logo atrás.
Na largada, o melhor cenário possível se desenhou: o então vice-líder do campeonato assumiu a liderança e foi escoltado pelo italiano, que pulou para segundo e passou a controlar o ritmo do pelotão.
Prost vinha em situação completamente desfavorável. Largando em quinto, havia conseguido subir à quarta colocação, mas a combinação das posições, naquele momento, não lhe dava o título. Nem mesmo o terceiro lugar, que alcançou ainda na primeira parte da prova, seria suficiente enquanto Piquet estivesse na liderança. Mas o pior ainda estava por vir: na trigésima quarta volta, o francês parou nos boxes para o que parecia ser uma simples troca de pneus, mas, com problemas no turbo de sua Renault, deixou o carro e abandonou o GP, o que praticamente decidiu o título.
Com Prost fora, Piquet poderia chegar até em quarto lugar que seria bicampeão. Desta forma, diminuiu o ritmo e passou a poupar o fôlego de seu motor BMW, o que permitiu a aproximação e a ultrapassagem não só de seu companheiro de equipe, Patrese, como também do azarão Andrea de Cesaris, que vinha em boa atuação com sua Alfa Romeo.
Ao final, a Itália celebrou a dobradinha, Patrese chegou à primeira vitória no ano, De Cesaris conquistou o terceiro dos cinco pódios de sua acidentada carreira e Piquet levou seu segundo título de forma soberba, graças à arrancada no fim da temporada.
O resultado colocava Nelson Piquet em posição de igualdade ao pai da dinastia brasileira na Fórmula 1, o também bicampeão Emerson Fittipaldi, que naquela altura já tentava a sorte na América.