Hora da Virada tem taxa de aprovação de 85%
O projeto “Hora da Virada” – que faz parte do Programa de Articulação para o Desenvolvimento da Aprendizagem, implantado pela secretaria de Educação de São Gonçalo na rede municipal de ensino – teve uma taxa de aprovação de aproximadamente 85% em 2014. O objetivo do projeto é oferecer aos alunos com até três anos de repetência um ensino diferenciado para que possam recuperar o tempo perdido.
De acordo com dados da secretaria de Educação, mais de 2.100 alunos da rede municipal têm até três anos de repetência. Desses, aproximadamente 15% participam da “Hora da Virada”. A participação não é obrigatória, caso os pais do aluno tenham o desejo de mantê-lo na metodologia tradicional, mas é realizada toda a orientação a respeito do projeto para que seja ponderado pelos responsáveis pelo aluno.
“Nosso total de aprovação no projeto neste ano foi muito bom. Estamos sempre em busca de oferecer ensino da forma mais adequada a cada tipo de aluno. Não podemos ignorar esses alunos repetentes, pois eles normalmente têm algum tipo de dificuldade de aprendizado pelo método regular que pode ser sanada com a adequação do método”, explicou o secretário de Educação, Cláudio Mendonça.
Dentro desse programa, o aluno tem a oportunidade de avançar duas séries em um ano e com uma metodologia diferenciada do cotidiano escolar: “Com esse programa nós conseguimos resgatar a autoestima desse aluno, que normalmente é um adolescente que está em uma classe fora da sua faixa etária, lidando com crianças menores, o que acaba atrapalhando a ele mesmo e aos demais, uma vez que ele está num nível de maturidade diferente dos colegas”, esclareceu a subsecretária de Ensino, Vaneli Chaves.
Ainda segundo Vaneli, a melhora desses alunos é bastante evidente: “Retirando esse grupo de alunos fora da faixa etária dessas salas e colocando numa turma do projeto com a faixa etária deles, onde os interesses são os mesmos e os assuntos que o professor discutirá são apropriados para a idade deles, quando se muda a metodologia, inserimos as questões de cidadania, de trabalho e de formação para ele no futuro, conseguimos resgatar esse adolescente que está pronto para desistir e abandonar a escola. E muitos deles conseguem passar de ano, pois eles descobrem que podem aprender”, concluiu.