Indústrias podem perder R$ 67 bilhões com feriados nacionais de 2017, diz FIRJAN

A indústria brasileira poderá perder R$ 66,8 bilhões com os nove feriados nacionais e três pontos facultativos deste ano. O valor representa 4,4% do PIB industrial do país, o maior percentual registrado desde 2008. É o que aponta o estudo “O Custo Econômico dos Feriados Nacionais para a Indústria”, divulgado nesta quarta-feira, dia 4, pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

O levantamento tem como base a relação de feriados e pontos facultativos divulgada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O estudo não contabiliza a Quarta-feira de Cinzas, por ser ponto facultativo até as 14h, e o Dia do Servidor Público. A Federação das Indústrias ressalta que o país ainda convive com mais de 40 feriados estaduais e milhares de municipais.

Dos 12 dias não trabalhados no país, apenas um será num fim de semana. Dos outros 11, cinco caem na terça ou na quinta-feira, o que facilita o “enforcamento” de um dia. Mesmo que não sejam contabilizados como feriados, observa a FIRJAN, esses “enforcamentos” certamente desestimulam a atividade produtiva, resultando em perda de produtividade.

A Federação lembra, ainda, que as perdas não se restringem às empresas. As paralisações na atividade industrial provocam uma grande queda de arrecadação tributária para o governo. O Sistema FIRJAN estima que essa perda pode chegar a R$ 27,6 bilhões este ano, o equivalente a R$ 2,5 bilhões a cada feriado nacional, considerando os tributos federais, estaduais e municipais.

Sendo assim, entre as propostas da Federação está a de que os feriados que caem no meio de semana sejam deslocados para segunda ou sexta-feira. Segundo a FIRJAN, a medida contribuiria para a redução do “custo Brasil” e para o aumento da competitividade da indústria. Além disso, que em meses com a ocorrência de dois ou mais feriados, estes ocorram no mesmo dia, de forma a preservar o número de dias úteis. A FIRJAN reitera, ainda, que em vista da urgente necessidade de estimular a atividade produtiva e, ao mesmo tempo, ajustar as contas públicas, a mudança seria extremamente oportuna.

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