Itaboraí reúne mil idosos em Festa Julina

Cerca de mil idosos aproveitaram a tarde desta quarta-feira (22/07) para “forrozear” na Festa Julina do Projeto Vida em Movimento, em Itaboraí. Nem mesmo o tempo chuvoso desanimou o grupo, que saiu de casa para dançar e cantar ao som de duas bandas de forró e assistir a uma esquete de teatro com alunos da Casa do Artista. O salão do Rotary Clube, no Centro da cidade, foi o palco principal do evento.

Ex-professora de forró, Maria Dalva, 70 anos, era uma das mais animadas e bem vestidas da festa. Com um traje caipira cheio de brilho, ela dançou o tempo todo.

“Fui professora de dança em São Gonçalo. Quando me aposentei, vim para Itaboraí, há 20 anos. Adoro tudo daqui e vou em todas as festas. Essa roupa eu fiz especialmente para esse evento, e quero dançar até o último minuto. Sozinha ou acompanhada, estarei aqui na pista”, disse Maria.

Para quem preferiu não dançar, o projeto ofereceu um curso de boneca de fuxico, realizado ao lado do salão. No mesmo local, a Cruz Vermelha prestou o serviço de aferição de pressão.

Alfredina da Silva, 56 anos, fez questão de ir a festa para aprender a fazer as bonecas de fuxico.

“Minha professora de ginástica avisou que teria esse curso aqui hoje, então não perdi tempo. Fiquei viúva há 10 meses, e aqui no projeto me reencontrei. Minha depressão acabou”, disse ela.

A coordenadora do Vida em Movimento, que hoje atende a 2 mil idosos a partir dos 50 anos, Ana Cardozo comemora o sucesso do projeto, e faz planos para o futuro.

“Tem gente que me pergunta se o projeto vai acabar, já que a cidade vive uma crise de arrecadação por causa da paralisação das obras do Comperj. O Projeto não vai acabar, pois temos parceiros fieis, que nos apoiam. Os idosos podem ficar tranquilos e aproveitar a festa”, afirmou ela.

Pra não acabar a energia, a festa também contou com caldo verde e canjica.

festa julina1A pista de dança só foi desocupada por alguns minutos para a apresentação da esquete de teatro dos alunos da Casa do Artista. Com o tema casamento na roça, os jovens atores encenaram um matrimônio muito louco, onde o noivo é trocado quase no final da cerimônia. A apresentação rendeu momentos divertidos e engraçados. Inclusive na hora de jogar o buquê, o mesmo ficou agarrado no lustre da pista de dança e várias idosas pulavam pra pegar as tão desejadas flores.

Arlindo de Souza, 68 anos, era um dos que estavam mais concentrados na esquete.

“Adorei essa peça que apresentaram, estavam todos integrados e divertidos. E as roupas estavam ótimas, há muito tempo não me divirto tanto”, disse ele.

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