Novo abrigo para mulheres é inaugurado em Niterói

Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói
Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói

A cidade de Niterói possui um novo espaço de acolhimento para mulheres e suas famílias. A Prefeitura Municipal de Niterói, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), inaugurou hoje, dia 31/03, o Centro de Acolhimento Lélia Gonzalez, em São Lourenço, para mulheres e suas famílias. O novo abrigo foi instalado no terreno da antiga ACIAC (Associação dos Centros Integrados de Assistência à Criança). No local, também passa a funcionar o abrigo masculino Florestan Fernandes, que funcionava no Centro e foi transferido para o novo espaço. O evento teve a participação do Prefeito Rodrigo Neves e de vários secretários municipais.

“Estamos entregando esta casa de acolhimento hoje, e isso é muito importante, sobretudo neste momento de crise, quando ocorre uma desestruturação em núcleos familiares, em função das dificuldades econômicas. As pessoas perdem seus vínculos e precisam do acolhimento do poder público. Estamos entregando mais uma unidade de acolhimento da prefeitura de Niterói. Este equipamento é muito propício ao trabalho da Secretaria de assistência social, para promover a reinserção social dessas pessoas. Como a Padaria-Escola, um projeto de inserção  produtiva. Esse projeto realmente é muito importante e reflete o nosso compromisso de uma Niterói que é solidária, generosa e que promove a dignidade humana”, disse o prefeito.

Os dois abrigos funcionarão 24h e as pessoas serão levadas para o local pelas equipes de acolhimento da SASDH.  Com os equipamentos, será disponibilizado um total de 100 vagas de acolhimento para pessoas em situação de vulnerabilidade social, sendo 50 vagas para mulheres e suas famílias (filhos e maridos), e 50 vagas para homens. Os abrigos ficam na Rua Presidente Castelo Branco, 7, em São Lourenço, e contam com alojamentos individuais e quartos para famílias. Homens sozinhos serão instalados no Florestan Fernandes. Mulheres sozinhas ou com suas famílias ficarão no Lélia Gonzalez.

“Não basta ser um Centro de acolhimento, tem que ter algum tipo de iniciativa que consiga garantir o resgate da autoestima e da cidadania e esse equipamento aqui promove isso. Aqui as pessoas terão abrigo e terão perspectiva de qualificação profissional e de renda. Também estamos com uma parceria com a EMUSA, e os funcionário da empresa vão passar a comprar os pães para o seu café da manhã aqui na nossa padaria-escola”, afirmou a secretária municipal de Assistência Social, Verônica Lima.

Ela lembrou ainda de outras importantes campanhas da SASDH, com impacto direto na questão da população de rua na cidade:

“Importante reforçar também que dar esmola não é dar cidadania. Esmola é a manutenção de quem vive nas ruas. Por isso, estamos lançando uma campanha forte para que as pessoas evitem isso. Ninguém deve dar esmola. A resistência das pessoas em ficar nos abrigos muitas vezes é porque nas ruas tem gente dando esmola, por isso as pessoas querem voltar para as ruas. Essa campanha é fundamental. Além disso, nos últimos 3 meses, 119 pessoas que estavam nas ruas foram encaminhadas de volta para suas cidades de origem. Esse é outro trabalho muito importante”, finalizou ela.

As instalações foram totalmente reformadas e contam com um espaço de 9 mil metros quadrados. O local foi adaptado seguindo as normas e padrões estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome, com estrutura para o realizar o suporte psicopedagógico dos acolhidos, através do resgate da autoestima e da reinserção social. No local, as pessoas serão atendidas por uma equipe multidisciplinar, com psicólogos e assistentes sociais, e também haverá cursos de capacitação para o mercado de trabalho.

O novo equipamento possui oficinas já equipadas de corte e costura e uma padaria-escola e futuramente, com apoio e recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), serão viabilizados uma cooperativa e um centro de triagem de resíduos e reciclagem junto aos catadores, dando assim uma perspectiva de renda e empregabilidade para essas pessoas acolhidas.

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