Novo Mário Monteiro: número de pacientes atendidos sobe 35% após reforma

mario-monteiroMais de dez anos após sua inauguração, a Unidade Municipal de Urgência Dr. Mário Monteiro, em Piratininga, passou por sua primeira grande reforma: a Prefeitura de Niterói investiu cerca de R$ 5 milhões na reforma e a unidade teve sua área construída ampliada em 365 metros quadrados, além da aquisição de novos equipamentos, mobiliário e contratação de mais funcionários. A reinauguração da unidade completou seis meses e o novo Mário Monteiro já quebrou recordes: foram realizados, desde a reinauguração, em abril, até o início de outubro, 46.816 atendimentos – 35% a mais do que no mesmo período em 2015. O atendimento a crianças e adolescentes também cresceu 72%.

Mas o sucesso da unidade não se reflete apenas nos números, a qualidade do atendimento também é destacada pelos pacientes. O guarda municipal aposentado Eraldo Ribeiro, de 68 anos, morador de Santa Bárbara, na Zona Norte, sempre recorre ao Mário Monteiro quando precisa de assistência médica de emergência.

“Eu gostei muito do Mário Monteiro, ficou uma maravilha com essa reforma. Antes a gente não tinha nem essa estrutura, nem esse atendimento. Agora está muito bom, a limpeza também melhorou muito. Aqui só melhora, o povo estava precisando”, elogia o paciente.

A média atual é de 7.802 consultas por mês e cerca de 63% dos pacientes são da Região Oceânica, 30% de outras localidades de Niterói e 7% de outros municípios, com destaque para Maricá e São Gonçalo. O Mário Monteiro oferece serviço médico pré-hospitalar, adequado as normas técnicas das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), e tem como objetivo acolher o paciente, estabilizando-o clinicamente e, se necessário, transferindo-o para unidades de maior complexidade.

mario-monteiro1Nestes seis meses de unidade reformada, foram realizados 10.700 atendimentos pela Pediatria – 72% a mais do que antes das obras; 26.383 pela Clínica Médica (aumento de 34%), 8.297 pela Ortopedia (alta de 17,37%) e 1.436 pela Cirurgia.

“Quando chegamos no Mário Monteiro, em 2013, faltavam medicamentos e material hospitalar, além da estrutura não estar adequada ao atendimento. Hoje o cenário é outro, melhorou tanto para a população quanto para os profissionais. Muitas pessoas entram aqui e acham que a unidade é particular. Eu sempre digo que não é porque é o SUS [Sistema Único de Saúde] que tem que ser ruim. A população merece o melhor e quando você investe em infraestrutura, aprimora as condições de trabalho e de atendimento, a demanda aumenta. Isso mostra que a população aprovou a reforma da unidade”, afirma Itamar Tavares, diretora da unidade.

A reforma

A reforma começou em julho de 2014 e, durante este período, o serviço de assistência médica foi realizado em instalações provisórias, para garantir o serviço à população, já que a unidade fica em uma localização estratégica.

O novo Mário Monteiro agora conta com dois consultórios para classificação de risco, sala de medicação com 16 lugares, sala de raios X, laboratório, 8 consultórios, 21 leitos, emergência para adultos, emergência pediátrica, sala de espera infantil com brinquedos e livros, além de novas e melhores instalações para os funcionários, que incluem refeitório e sala de descanso com beliches.

“A entrega das novas instalações foi mais um compromisso com a população de Niterói, principalmente com os moradores da Região Oceânica. Foram mais de 46 mil atendimentos, o que comprova o acerto em reforçar a assistência nesta área que é da alçada do município. A Região Oceânica tem toda uma organização regional, que agora será complementada com a futura reforma da Policlínica de Itaipu”, explica a secretária de Saúde, Maria Célia Vasconcellos.

A equipe diurna é composta por dois pediatras, três clínicos-gerais, um ortopedista, seis enfermeiros e 12 técnicos em enfermagem. À noite, um pediatra, dois clínicos e um ortopedista, além dos enfermeiros e técnicos, estão de plantão para atender os pacientes.

Classificação de risco

Uma das mudanças implantadas com a reforma foi o sistema de classificação de risco. Os pacientes são atendidos primeiro em uma das duas salas de classificação de risco, cada um com um enfermeiro, que afere a pressão arterial e glicose, além de fazer o diagnóstico inicial, e define a classificação por necessidade de atendimento. O método é validado pelo Ministério da Saúde e segue as recomendações sobre a Política de Humanização do Sistema Único de Saúde.

“Antigamente os atendimentos eram feitos por ordem de chegada, mas isso prejudicava o atendimento aos casos mais graves. Quando a gente implanta a qualificação de risco, a gente qualifica o atendimento. Os pacientes mais graves entram e quem está menos grave tem que esperar. Quem está pior tem prioridade”, esclarece Itamar. Para ajudar nessa coordenação, um funcionário faz a gestão dos pacientes que estão aguardando o atendimento e tira dúvidas.

O novo método de classificação de risco conta com as cores vermelha, amarela e verde, utilizadas para orientar a prioridade do atendimento. O vermelho indica emergência, caso gravíssimo, com necessidade de atendimento imediato e risco de morte. A cor amarela é para casos muito urgentes, graves, com risco significativo de evoluir para morte.

Já a cor verde é pouco urgente, com orientação para atendimento preferencial nas unidades de atenção básica mais próximas da residência do paciente. Nesta classificação incluem-se queixas crônicas, resfriados, contusões, escoriações, dor de garganta, ferimentos que não requerem fechamento, entre outros.

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