Pentágono determina retirada de até mil transgêneros do Exército americano

O Pentágono dos Estados Unidos determinou a retirada de até mil militares transgêneros do Exército, conforme uma nova diretriz divulgada em 9 de maio de 2025. A medida segue a decisão do Supremo Tribunal dos EUA, que permitiu à administração Trump impor restrições à presença de pessoas trans nas Forças Armadas. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, expressou publicamente seu apoio à política, afirmando que o departamento está deixando para trás o “ativismo woke” e a “fraqueza”.

A nova política exige que todos os militares transgêneros se identifiquem em um prazo de 30 dias. Aqueles que não se identificarem voluntariamente serão identificados por meio de registros médicos, como diagnósticos de disforia de gênero. Estima-se que havia 4.240 soldados transgêneros ativos, na Guarda Nacional e na Reserva em dezembro de 2024, embora o número real possa ser maior.

A decisão do Pentágono é vista como um retrocesso em relação às políticas anteriores que permitiam a inclusão de pessoas trans nas Forças Armadas. Grupos de defesa dos direitos LGBTQIA+ criticaram a medida, argumentando que ela viola os direitos constitucionais dos indivíduos transgêneros. A ação foi movida por organizações como o Centro Nacional para os Direitos Lésbicos (NCLR) e a GLAD Law, que alegam que a política é discriminatória e inconstitucional.

A nova diretriz também estabelece que as isenções para militares transgêneros serão concedidas apenas se houver um interesse governamental convincente em mantê-los, como apoio direto às capacidades de combate. Além disso, os militares que permanecerem em serviço terão restrições, incluindo a proibição de acesso a espaços íntimos correspondentes ao gênero com o qual se identificam.

Essa medida representa uma mudança significativa nas políticas de inclusão nas Forças Armadas dos EUA e tem gerado ampla controvérsia e debate sobre os direitos das pessoas transgêneros no país.