Polícia Militar adota redes sociais para combater crimes

Polícia Militar adota redes sociais para combater crimes. (Foto: Salvador Scofano)
Polícia Militar adota redes sociais para combater crimes. (Foto: Salvador Scofano)

Com pouco mais de um ano de existência, a página do Facebook da Polícia Militar (www.facebook.com/pmerjoficial) tem cerca de 300 mil seguidores e foi considerada a 4ª melhor do Brasil na categoria organização governamental pelo site de avaliação Like Alyzer. Cada post rende, em média, 3.238 curtidas, comentários ou compartilhamentos. A ideia de colocar a corporação na era das redes sociais tem o objetivo de aproximar a PM da sociedade, informando sobre o trabalho desempenhado por cada setor da “família azul”. Para os internautas, a ferramenta se tornou mais um canal de comunicação com a polícia para fazer denúncias, demandar serviços e passar informações que ajudem no patrulhamento.

De acordo com o capitão Maicon Pereira, porta- voz da PM e um dos administradores da página oficial, o tempo médio de resposta é de uma hora. Uma equipe de quatro pessoas recebe as denúncias e as encaminha para o setor de Inteligência e para os batalhões da área, que ficam responsáveis por apurarem e coibirem os crimes.

– Uma das preocupações que tínhamos quando criamos a página era de mostrar que aquele era um canal oficial da polícia. Entramos em contato com cada página falsa e acionamos o Facebook para garantir o selo de autenticidade e trazer mais segurança para quem fazia denúncias pela rede – disse o capitão.

A interação com a população não ficou só no Facebook. O 18º batalhão, em Jacarepaguá, passou a utilizar também o Twitter (twitter.com/18bpm_pmerj) há cerca de 10 meses. A ferramenta, assim como o Facebook do batalhão (www.facebook.com/18BPMPMERJ), é administrada pelo próprio comandante, coronel Rogério Figueiredo. Já o aplicativo Whatsapp (97255-9613) fica por conta de um grupo restrito do setor de Inteligência, que recebe as mensagens e as encaminha para os policiais que estão patrulhando as ruas. O anonimato é garantido.

– Essas informações passadas pelos moradores são muito importantes. Eu mesmo faço questão de responder tudo, até para saber das demandas e conseguir organizar melhor as nossas ações – explicou o comandante.

A relação com os moradores, de acordo com o coronel, mudou. Com tanta conversa pelo Facebook, Twitter e WhatsApp, as pessoas passaram a entender melhor o trabalho da PM.

“Eles precisam saber que são os maiores colaboradores do trabalho e também os mais beneficiados. Hoje, não podemos abrir mão dessas ferramentas”, afirmou o coronel Rogério.

Denúncias são encaminhadas para o setor de Inteligência

No 2º BPM, em Botafogo, o Facebook (www.facebook.com/2%C2%BA-BPM-Botafogo-375324026005632) é dividido em dois grandes grupos: o primeiro conta com 9 mil moradores dos bairros de Botafogo, Urca e Humaitá; e o segundo com 20 mil moradores de Laranjeiras, Flamengo e Cosme Velho. Toda vez que um policial entra em serviço, ele informa na rede social, que é monitorada 24 horas por dia. Pelo WhatsApp, as denúncias chegam para o setor de Inteligência e o comando do batalhão desloca uma viatura para fazer a verificação.

pm social– Os moradores nos passam muito entusiasmo e satisfação com o nosso trabalho. No mês de março, conseguimos manter os roubos de veículo e a transeunte e a letalidade violenta (homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e homicídio decorrente de oposição à intervenção policial) dentro das metas estabelecidas pelo Instituto de Segurança Pública e acho que essa interação com a população nos ajudou muito – disse o comandante do 2º BPM, tenente-coronel Ricardo Naldoni.

Na baixada

Na Baixada Fluminense, o WhatsApp é utilizado há um ano e uma parceria com as prefeituras de Nova Iguaçu e Nilópolis têm dado informações aos PMs em cada canto dos municípios. Os agentes de plantão nos centros de monitoramento municipais enviam, pelo aplicativo, imagens das câmeras de segurança para os policiais que estão nas ruas. Além disso, cerca de 80 moradores, que são membros do conselho comunitário, fazem as denúncias pelo WhatsApp. O Facebook do batalhão passa por uma triagem do setor de Inteligência para identificar falsas mensagens.

– Aumentamos o número de prisões e apreensões desde que incorporamos essas tecnologias – ressaltou o tenente-coronel Roberto Dantas, comandante do batalhão.

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