Produção industrial cresce 0,5% entre agosto e setembro, após 2 meses de queda

Depois de dois meses de queda – em julho (0,1%) e em agosto (-3,5%) -, a produção industrial cresceu 0,5% na passagem de agosto para setembro deste ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro do ano passado, no entanto, houve uma queda de 4,8%, marcando a 31ª redução consecutiva neste tipo de comparação.

A produção industrial também apresentou recuos de 1,1% na média móvel trimestral, de 7,8% no acumulado do ano e de 8,8% no acumulado de 12 meses.

Alimentos  – O crescimento de 6,4% na produção de alimentos processados foi o principal responsável pela alta de 0,5% da indústria brasileira, na passagem de agosto para setembro deste ano. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também tiveram crescimento importante os segmentos de indústrias extrativas (2,6%) e veículos automotores (4,8%).

De acordo com o pesquisador do IBGE André Macedo, apesar do crescimento médio de 0,5%, poucas atividades industriais tiveram resultado positivo na passagem de um mês para outro. Apenas nove dos 24 setores pesquisados tiveram crescimento.

“O resultado desse mês, embora tenha sido positivo, está muito concentrado em poucos segmentos industriais, como os produtos alimentícios, setor extrativo e veículos automotores, que além de mostrarem uma expansão mais acentuada neste mês, são setores que têm um peso importante dentro da estrutura industrial”, disse.

Os produtos têxteis mantiveram a mesma produção em agosto e setembro. Entre os 14 setores em queda, os principais destaques foram as máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com recuo de 8,1%.

Entre as quatro grandes categorias econômicas, houve altas de 1,9% nos bens de consumo duráveis e de 1,2% de bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo). Os bens de consumo semi e não duráveis tiveram queda de 1% e os bens de capital (máquinas e equipamentos) tiveram recuo de 5,1%.

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