Programa Família Acolhedora tem resultados positivos
“A mãe a abandonou na maternidade ainda muito frágil. Eu a acolhi com todo amor. Ela mudou a minha vida”. O relato é a dona de casa Lucy Coutinho, de 43 anos, que acolheu a pequena Ester quando ainda tinha apenas 12 dias de vida. Hoje com três meses, Ester é uma das dez crianças que fazem parte do Programa Família Acolhedora, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de São Gonçalo. Na tarde desta terça-feira (03/11) as famílias que participam do projeto reuniram-se com a equipe técnica da secretaria para falar sobre suas experiências e desafios.
A história de Lucy se assemelha a de tantas outras pessoas que ingressaram no programa, motivadas pela oportunidade de contribuir para a ressocialização das crianças. Hoje, das 10 crianças que estão em situação de acolhimento em lares temporários, três estão em processo de adoção, duas foram adotadas e uma retornou à família biológica.
Para a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Cristina Silva, o sucesso do projeto se deve ao empenho de cada família acolhedora. “Na última audiência tivemos um resultado muito positivo e devemos isso a cada pessoa que contribui para que o programa cresça. Cada acolhedor contribui para o sucesso do projeto, que é apreciado pelo prefeito Neilton Mulim, o que além do retorno de cada família nos mostra que estamos realizando um bom trabalho”, declarou.
A afirmação da secretária é reiterada por uma das acolhedoras, de 40 anos, moradora do bairro Itaúna. A dona de casa, que preferiu não se identificar, já acolheu duas crianças, Vitor, de 1 ano e 3 meses e a Ana, de dois anos. Atualmente ela está na lista de espera do programa de adoção.
“O acolhimento é algo que gera muita gratidão em quem faz essa escolha. O amor que nós damos, recebemos em dobro. É como se fôssemos geradoras dessas crianças, preparando elas para um novo ciclo. O acolhimento é a doação do que temos sem esperar nada em troca”.
Na pauta da reunião, formada por assistentes sociais, psicólogas e conselheiros tutelares, além das famílias presentes, muitas histórias. Entre elas, de crianças que chegam fragilizadas aos lares temporários e, em muitos casos, em situação de abandono.
O programa – O “Família Acolhedora” é uma medida protetiva onde crianças em situação vulnerável permanecem em lares temporários. O serviço é responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança acolhida e as famílias de origem (pai e mãe) e extensa (tios, avós). Quem deseja fazer parte do projeto precisa ter mais de 18 anos, comparecer a sede da secretaria, localizada no prédio anexo da prefeitura na Rua Uriscina vargas, no bairro Mutondo, munido de documentos pessoais. Além disso, o interessado não pode ter antecedentes criminais; e deve ter disponibilidade de tempo e interesse em oferecer proteção e apoio a crianças. O horário de atendimento é das 9h às 17h. Mais informações pelo telefone (21) 3719-2473.