Rodrigo Neves nega ter recebido propina

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), negou ter recebido propina e se disse perplexo com a sua prisão na manhã desta segunda-feira (10). Ele afirmou que desconhece as acusações e contou que seus sigilos estão abertos para provar que ele não recebeu nenhum tipo de propina. “Eu realmente estou absolutamente perplexo”, disse Neves ao chegar na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio.

“Trabalho desde os 18 anos de idade, 20 anos de vida pública, não viajo pro exterior, tenho três filhos lindos, fecho minhas contas como qualquer cidadão de classe média, vivo em um imóvel simples. Me estranha muito esse tipo de ocorrência”, afirmou o prefeito de Niterói.

O prefeito foi preso em uma força-tarefa do Ministério Público estadual e da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira, na casa dele em Niterói. Neves foi denunciado por desvio de mais de R$ 10 milhões da verba de transporte do município entre 2014 e 2018. A investida é desdobramento da Lava Jato no Rio e realizada pelo MP-RJ.

De acordo com o advogado, Rodrigo Neves recebeu atendimento de um médico particular dentro da Cidade da Polícia porque está com a pressão alta.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves fala sobre o deslizamento na Comunidade Boa Esperança.

Neves alegou que a licitação do sistema de transporte que opera em Niterói é anterior a gestão. Ele disse que unificou a tarifa e que Niterói tem o sistema mais organizado da Região Metropolitana, com mais de 90% dos ônibus com ar.

“Olha, primeiro eu queria destacar que a gente em Niterói teve uma concorrência sobre transporte coletivo anterior à minha gestão. A concorrência foi na gestão anterior. Segundo, em 2013, a primeira decisão que eu tomei foi unificar as tarifas de Niterói pela menor tarifa. Se eu não tivesse feito isso, a tarifa de Niterói hoje seria a mais de R$ 4,50, portanto bem superior à tarifa atual.”

Rodrigo trazia três livros nas mãos quando foi conduzido pela Cidade da Polícia: Memórias da Segunda Guerra – volume 2, de Winston Churchill; Contra os novos despotismos, Norberto Bobbio e a Bíblia.

Com informações do Portal G1