Roubo de identidade aumenta 4% em abril, diz Serasa Experian
As fraudes conhecidas como roubo de identidade chegaram a 162.854 em abril, com aumento de 4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O número representa uma tentativa de fraude a cada 15,9 segundos no país. Em relação a março, no entanto, houve queda de 11,1%, revela o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor.
Nesse tipo de crime, os dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito com a intenção de não pagar.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento anual das tentativas de fraudes contra o consumidor mostra que os fraudadores estão intensificando suas ações, tentando tirar o maior proveito em meio à retração dos consumidores, diante do quadro conjuntural econômico mais adverso, com inflação alta, juros em ascensão, queda nas vendas a prazo e elevação do desemprego.
“A popularização da internet é um dos fatores que contribuem para o aumento do número de tentativas de fraude. O cadastramento em sites de comércio eletrônico não idôneos, promoções falsas que exigem informações pessoais do usuário, além da solicitação de adesões para campanhas teoricamente sérias ou com apelo forte nas redes sociais são a porta de entrada para o fraudador conseguir os dados de suas próximas vítimas”, diz a Serasa Experian.
Em abril deste ano, a Serasa registrou 68.742 reclamações, das quais 42,2% se referiam a tentativas de fraude, com aumento de 36,5% em relação a igual mês do ano passado.
De acordo com a Serasa Experian, notas, recibos ou outros documentos que tenham o número do CPF devem ser rasgados antes de jogados no lixo. Deixar o cartão de crédito nas mãos do vendedor, fora do campo de visão do titular, é também uma atitude que facilita a prática da fraude de identidade. É preciso ainda verificar a idoneidade e a segurança dos sites antes de fornecer dados pessoais para cadastro.
Entre as principais tentativas de fraude registradas pela Serasa Experian, estão a emissão de cartões de crédito, financiamento de eletrônico, compra de celulares com documentos falsos ou roubados, abertura de conta, compra de automóveis e abertura de empresas.
Para as lojas, a orientação é, antes de fazer uma venda a prazo, pedir sempre dois documentos originais (como CPF, carteiras de identidade ou de habilitação), verificar inconsistências nos documentos apresentados (se a foto é recente, porém a data de emissão é de quando a pessoa era mais jovem ou vice-versa), confirmar se as informações fornecidas pelo cliente são verdadeiras, analisando se o nome apresentado nos documentos é o mesmo do comprovante de residência, solicitar número do telefone residencial e checar os dados no ato, consultar alguma ferramenta de prevenção a fraudes disponível no mercado, se a suspeita de fraude for grande e o comerciante não se sentir seguro com a venda, é recomendável pedir que uma parte ou todo o pagamento seja feito à vista.