Sábado de manifestação contra o governo Temer no Centro do Rio
O dia nacional de protestos contra o governo foi marcado, no Rio de Janeiro, com passeata pela Avenida Rio Branco e um ato político na Cinelândia. Os manifestantes se concentraram na Igreja da Candelária até cerca de 18h30 desta sexta-feira (10), quando começaram a se deslocar.
Dois carros de som acompanharam o grupo. Um ocupado, principalmente, por fotógrafos e cinegrafistas, enquanto o carro principal levava lideranças políticas, sindicais e estudantis.
A Polícia Militar (PM) reforçou o contingente de agentes, que se limitaram a ficar no entorno da manifestação e não precisaram agir em nenhum momento. O comércio da Avenida Rio Branco não fechou as portas e funcionou normalmente.
A professora Dayse Trindade trouxe um par de algemas e explicou o motivo de seu protesto. “Eu estou trazendo as algemas para o Eduardo Cunha, porque a Polícia Federal esqueceu de prender ele, e eu estou esperando, com [deputada federal] Tia Eron [PRB-BA] ou não, que seja feita justiça e ele vá preso. Hoje, estamos chegando ao absurdo de colocar em dúvida o Supremo”, disse ela.
Como sempre ocorre nas manifestações, dezenas de vendedores ambulantes aproveitam a aglomeração de pessoas para vender seus produtos. Caso de Waldeir Firmino, que há 40 anos ganha a vida com o comércio ambulante.
“Para mim está tudo bem, não vai melhorar nada. Não vai fazer diferença, se voltar a Dilma, se sair o Temer. Fica tudo a mesma coisa. Não existe político mais no Brasil, só existe corrupto. Por mim, nunca fizeram nada. A única coisa que fazem é tomar a minha mercadoria”, disse ele, que vende doces, chocolates, cigarros e até canetas.
Ao final da manifestação, foi realizado um ato político na Cinelândia, em frente ao Theatro Municipal. Entre as lideranças políticas, estavam o senador Lindberg Farias (PT-RJ), os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) e o deputado estadual Marcelo Freixo, também do PSOL.