Secretaria de Saúde orienta população contra hanseníase

O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de incidência de hanseníase. Para identificar novos casos e orientar a população de São Gonçalo a respeito dos perigos causados pela doença, a secretaria de Saúde realizou uma ação de conscientização e avaliação na Clínica Municipal Gonçalense, em Alcântara. Os pacientes foram atendidos, mesmo sem sintomas aparentes, por uma dermatologista.

“A forma mais simples de diagnosticar a doença é fazendo o exame clínico procurando manchas pelo corpo. Ela atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas e rosto. É extremamente importante que a população conheça a doença para procurar ajuda”, explica a dermatologista Sandra Duraes, doutora em hanseníase.

Marcelo Ferreira, 36 anos, estava na fila de espera de um outro atendimento médico e aproveitou para se consultar com a dermatologista. “Achei esse trabalho interessante. Eu estava aqui com outro propósito e acabei sendo atendido. É importante para a população ter este acesso”, explica.

Para a coordenadora do programa Controle de Hanseníase, Josefa Genuíno, uma das maiores preocupações é com as pessoas que não procuram tratamento.

“Existe uma demanda oculta grande, pois tem pessoas que não realizam o tratamento. Por trás delas, deve existir o triplo de pessoas contaminadas”, conta Josefa.

A hanseníase tem cura e seu tratamento é feito gratuitamente no serviço público de saúde. Transmitida por meio das vias respiratórias, ou seja, tosse e espirro, a pessoa doente que não realiza tratamento é a principal forma de contagio.

O município de São Gonçalo fechou o ano de 2014 com 103 casos notificados, onde a maioria dos casos aconteceram nos bairros de Trindade, Jardim Catarina, Boaçu, Laranjal e Santa Luzia. Em 2001, o município contabilizou 300 casos da doença e para diminuir esse fluxo, o hanseniano passou a ter vaga para tratamento garantida na rede pública.

Para saber se está com a doença, basta observar pelo corpo sintomas da doença, que são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. Além disso, caroços e inchaços pelo corpo, dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos são uns dos sintomas da doença.

Ao perceber os sintomas, a pessoa deve procurar um posto de saúde. Caso o diagnóstico seja confirmado, o paciente será encaminhado para uma consulta com um dermatologista que atende somente pacientes com hanseníase, em um dos quatro Pólos Sanitários do município (PS Washington Luiz; PS João Goulart; PS Hélio Cruz; PS Rio do Ouro), para iniciar o tratamento que dura de 6 a 12 meses.

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