Sistema de alerta por sirenes começa a funcionar em Niterói
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, o vice-prefeito, Axel Grael, e o subsecretário municipal de Defesa Civil, major Walace Medeiros, assinaram na manhã desta quarta-feira (15/10) o termo de recebimento oficial dos equipamentos que compõem o Sistema de Alerta e Alarme de Sirenes da Defesa Civil, uma parceria entre a municipalidade e o governo estadual.
Integram esse sistema, 30 sirenes que estão posicionadas em 25 comunidades da cidade, além de uma estação meteorológica e dez pluviômetros. Os equipamentos já estão instalados e vinham operando por meio de testes desde fevereiro, sendo aprovados.
As 30 sirenes para prevenir desastres provocados por chuvas em áreas de riscos de deslizamento na cidade estão instaladas nas localidades de Alarico de Souza (Zulu), Bairro de Fátima, Beltrão, Biquinha, Boa Vista, Bonfim, Coronel Leôncio, Dr. March (Morro do Castro), Grota do Surucucu, Iara, Igrejinha, José Leomil, Maceió, Martins Torres, morros da Penha, Palácio e Estado, Pé Pequeno, Retiro Saudoso, Santa Bárbara, São José 340, Teixeira de Freitas, Viçoso Jardim e Viradouro.
Esses equipamentos vinham sendo testados todos os dias 10 de cada mês às 10h com exceção de dias com chuva para não confundir a população. Eles são compostos de poste, central de comando, sirene e sinaleiras luminosas, que já vão alertar a população sobre o risco antes do alarme ser acionado. As sirenes podem ser acionadas também via computador e manualmente.
Os dez pluviômetros que medem a quantidade de chuva estão acoplados às sirenes no Bairro de Fátima, Beltrão, Viçoso Jardim, Bonfim, Coronel Leôncio, Igrejinha, Morro do Estado, Preventório, Santa Bárbara e Doutor March. Niterói conta também com 26 pluviômetros automáticos e semiautomáticos em uma parceria entre o município e o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) do governo federal.
Já a estação meteorológica está instalada no Parque das Águas, no centro da cidade.
Rodrigo Neves afirmou que a implantação deste sistema é fruto de mais uma parceria entre a nova administração da Prefeitura e o governo estadual.
“Niterói tem uma posição geológica complexa. É uma cidade espremida entre o mar e a montanha. Por isso, é necessário essa parceria com o Estado para análise de riscos e estudos geológicos, além da estruturação de ações que desenvolvemos, como as habitações de interesse social, obras de contenção de encostas, a implantação dos Núcleos de Defesa Civil Comunitários (Nudecs) e, agora, o sistema de alertas e sirenes. Esse trabalho integrado é mais uma parceria que a Prefeitura construiu com o governo estadual, superando o isolando administrativo dos últimos meses. Essa integração é muito importante e quem ganha com isso é a sociedade. Se não fosse essa parceria com o Estado, através da Secretaria de Defesa Civil, não teríamos avançado em tão pouco tempo na área da Defesa Civil”, disse.
O vice-prefeito Axel Grael disse que Niterói teve muitos avanços na área de Defesa Civil.
“Quando assumimos, não tínhamos nada e mudamos radicalmente a Defesa Civil com essa parceria com o governo estadual. Elaboramos um Plano de Chuvas de Verão para nos anteciparmos aos problemas. Implantamos a estação meteorológica e rede de pluviômetros e sirenes, além dos Nudecs com voluntários capacitados para ajudar em situações de emergência. Hoje, a situação é completamente diferente. Temos tecnologia para tomar decisões”, afirmou.
O major Walace Medeiros afirmou que a Defesa Civil de Niterói vem recebendo investimentos como aumento de sua frota, reforço nas equipes e ganhará uma nova sede.
“A Defesa Civil é um desafio novo a cada dia. Hoje, temos ferramentas, temos tecnologia e pessoal treinado”, resumiu.
O diretor do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden/RJ), tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Gil Correia Kempers Vieira, afirmou que o sistema de sirenes implantado no Estado do Rio de Janeiro já é reconhecido internacionalmente e que Niterói é uma das cidades fluminenses mais avançadas porque possui estrutura e equipes que estão conseguindo acompanhar a evolução tecnológica.
“Hoje, a Defesa Civil deixou de ir atrás da resposta e passou a agir preventivamente”, afirmou.
Participaram também da reunião o tenente-coronel BM Cláudio Antônio Lucena Pereira, coordenador da Regional Metropolitana da Defesa Civil Estadual (Redec 2), que engloba Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito e Tanguá, o subdiretor do Cemaden-RJ, major BM Diogo Merísio, além de Sérgio Menezes de Pires, representante da Tecal Engenharia, empresa responsável pela instalação das sirenes.