Unidades apresentam balanço de ações na Baía de Guanabara
O Núcleo de Logística e Proteção (NULOP) da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapi-Mirim e Estação Ecológica (ESEC) da Guanabara realizou, no ano de 2016, 144 ações de fiscalização nos trechos da Baía de Guanabara sob sua jurisdição, bem como em áreas adjacentes e zonas de amortecimento, por vias terrestres e aquáticas. Algumas operações ocorreram com o apoio das Secretarias do Meio Ambiente dos municípios de Magé e Guapimirim.
Por terra, foram realizadas 43 ações de fiscalização em locais como Magé, Itambi, São Gonçalo, Remanso, Barbuda e Várzea Alegre, dentre outras. Infrações das mais diversas foram flagradas pela equipe de fiscalização das Unidades de Conservação. Desmatamento de mangue, pássaros silvestres em situação de cativeiro, comércio, transporte, beneficiamento e pesca de caranguejo-uçá em período de defeso foram algumas das atividades que entraram para os laudos de ação fiscalizatória.
Mais de 250 aves silvestres foram apreendidas no ano passado. O coleiro-papa-capim foi a ave mais recuperada, passando de 150 animais dentre as recolhidas pela equipe de busca e apreensão. Materiais como alçapões, gaiolas e gaiolões também entraram para as estatísticas dos relatórios.
Já por vias aquáticas diversas operações foram realizadas nos rios Guapi-Macacu, Guaraí-Mirim, Guaraí-Grande, Caceribu, na área marinha da APA Guapi-Mirim e zona de amortecimento da ESEC Guanabara. Infrações como pesca predatória com redes de espera, captura de peixe robalo abaixo do tamanho permitido e o uso de tarrafas em locais proibidos entraram para os autos de fiscalização. Cerca de 60 quilos de camarão verdadeiro e mais de 70 sacos de caranguejo-uçá foram apreendidos nas ações de fiscalização, além de tarrafas e redes de arrasto com portas.
No ano de 2016 houve um grande afluxo de barcos de arrasto no período do camarão dentro da Baía de Guanabara. Esta modalidade de pesca é terminantemente proibida dentro da APA e foi necessário um grande esforço de fiscalização para combater este ilícito que contou inclusive com apoio da Polícia Militar em algumas operações. Dez autos de infração foram emitidos apenas para barcos praticando arrasto ilegal na área das Unidades de Conservação.
Após a apreensão todos os animais são levados à sede das Unidades de Conservação, onde recebem tratamento adequado e são soltos em seu habitat natural. Os crustáceos são limpos e pesados, antes de retornarem à natureza. Apenas em um final de semana de fiscalização durante o defeso mais de 2.000 caranguejos-uçá foram apreendidos e soltos novamente em seu habitat natural. Os materiais apreendidos recebem um lacre e ficam sob custódia da APA de Guapi-Mirim e ESEC da Guanabara.
As intervenções executadas fazem parte da rotina de trabalho das Unidades de Conservação. Algumas saídas não resultam em apreensões ou sinalizações de irregularidades, mas todas são registradas em relatório. Grande parte da mobilização fiscalizatória vem de denúncias da população que habita o entorno da APA e ESEC, o que demonstra uma maior consciência de preservação para continuidade das espécies, resultado em parte das campanhas, cursos e palestras desenvolvidas pelas próprias Unidades de Conservação.