Oposição comemora aprovação de relatório pró-impeachment

impeachmentOs deputados favoráveis ao impeachment acreditam que a aprovação do parecer favorável ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff na comissão especial da Câmara é o primeiro passo para o fim do governo da petista. O relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) recebeu 38 votos favoráveis, 27 contrários e nenhuma abstenção.

O líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM) comemorou o resultado da votação. “Tenho certeza que agora que é água morro abaixo ou fogo morro acima. O governo do PT acabou”, disse.

Para o líder do PSDB, Antonio Imbassay (BA), o resultado da votação é ainda mais significativo porque os membros da comissão foram indicados pelos líderes partidários que são, na maioria, da base do governo.

“A composição da comissão é feita pela base do governo e se ela já oferece uma derrota dessa natureza, acachapante, isso tem uma expressividade muito maior. Foram 38 a 27, um sinal claro que no plenário da Câmara haverá o impeachment”, disse o tucano.

O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) lembrou que a composição da comissão foi definida após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu recurso do PCdoB. Os comunistas contestaram o resultado da votação de dezembro passado que elegeu uma comissão alternativa, à revelia dos líderes.

Para Macris, o impeachment é um “processo dominó”. “Começamos aqui, que era a base do governo com maioria indicando os membros, até porque o Supremo [Tribunal Federal], diferentemente do que nós da oposição queríamos, decidiu dessa forma. Temos uma semana para convencer o plenário maior que o impeachment deve ser aberto e encaminhado ao Senado”, argumentou o tucano.

Apesar da decisão do STF, que julgou ilegal a eleição da comissão avulsa, os líderes partidários dizem ter feito as indicações para a comissão de forma proporcional ao sentimento de suas bancadas. Com isso, até os partidos ligados ao governo indicaram nomes de deputados favoráveis ao impeachment.

Lula minimiza derrota na comissão do impeachment

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou a derrota sofrida nesta segunda-feira (11) pelo governo na Comissão do Impeachment da Câmara. Lula participou de ato político no Rio e discursou na Lapa para uma multidão. “A comissão acabou de derrotar a gente, 38 a 27. Mas isso não quer dizer nada. Então, o que nós temos de ter clareza é domingo no Plenário. E nós sabemos que temos de conversar com os deputados”, disse.

Lula atoLula disse que não acha justo a forma como a oposição vem atacando a presidenta Dilma Rousseff. “Eu aguento muita bordoada, mas não é justo eles fazerem com a Dilma o que estão fazendo. Quando a gente sair para a rua defender o mandato da Dilma, é importante ter clareza que não estamos defendendo apenas o direito de uma mulher ser presidenta da República. A gente está defendendo a honra das mulheres brasileiras, que sempre foram tratadas como objeto de cama e mesa neste país.”

O ex-presidente disse que estava pronto para defender até o fim a democracia no país. “Eu quero avisar para eles, que estão querendo dar um golpe na companheira Dilma. Eu quero avisar aos meios de comunicação, que fazem de tudo, menos dar informação correta, menos dar informação ao nosso povo. Eu não sei quantos anos eu tenho pela frente, mas ainda que eu tiver um dia, eles podem saber que este dia será dedicado 24 horas em defesa da liberdade, da democracia e da cidadania neste país”, disse Lula, encerrando o seu discurso dizendo “até a vitória”.

Com informações Agência Brasil

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