Fóssil de 55 milhões de anos volta ao Parque Paleontológico
“Essa série de atividades faz parte da nossa missão de aproximar cada vez mais a população do Parque, utilizando o lúdico para demonstrar seu inestimável potencial científico”, disse Luis Otávio Castro, gerente do Parque.
A tecnologia se unirá ao passado na nova sala de vídeo do Parque, onde serão exibidos filmes científicos. O local, construído com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), tem tecnologia para exibição em 3D.
As crianças e jovens poderão conferir, ainda, as trilhas do Parque, agora já sinalizadas para facilitar o acesso.
É coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e realizada nacionalmente desde 2004. Conta com a colaboração do setor público e privado, de fundações de apoio à pesquisa, de entidades e instituições de ensino, divulgação e pesquisa. Além de secretarias estaduais e municipais, em especial de Ciência e Tecnologia (C&T) e Educação.
O objetivo desta semana é democratizar o acesso ao conhecimento cinetífico e aproximar a população da ciência e da tecnologia. Assim, promovendo e estimulando atividades de divulgação científica em todo o País. Em 2013, foram realizadas aproximadamente 34 mil atividades em 742 cidades brasileiras, coordenadas por mais de 1,1 mil instituições.
O Parque Paleontológico de São José
Em 1928, um fazendeiro achou pedaços de rocha que considerou interessantes. Levou para análise e descobriu que se tratava de calcário. Com isso, a área foi vendida para a Companhia Nacional de Cimento Mauá, que aproveitou o material na construção da Ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói) e do Estádio Mário Filho (Maracanã). A fábrica foi visitada por grandes personalidades, incluindo alguns presidentes da república, sendo considerada uma das experiências mais bem-sucedidas de fabricação de cimento no país.
Com a exploração mineral, descobriram-se vestígios arqueológicos. E quando o calcário terminou, em 1984, restou uma depressão de 70 metros, que foi progressivamente coberta com água da chuva e de veios subterrâneos, erguendo um grande lago. Seis anos depois, em 1990, a Prefeitura Municipal de Itaboraí declarou a área de utilidade pública, através de um processo de desapropriação. Com isto, em 1995, nascia o Parque Paleontológico de São José, eleito pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (Sigep), órgão ligado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), um dos patrimônios da humanidade.
No Parque já foram descobertos fósseis de diversos mamíferos, gastrópodes, répteis e anfíbios, se destacando o tatu mais antigo do mundo e o ancestral das emas. Ambos do Paleoceno, datados de cerca de 55 milhões de anos. Foram achados, também, fósseis de preguiça gigante e mastodonte, da Idade Pleistocênica (aproximadamente 20 mil anos). Também foram encontrados restos arqueológicos, evidenciando a presença do homem pré-histórico no local.