Prefeitura de Maricá enterra baleia morta na Praia de Guaratiba

baleiaEquipes das secretarias municipais adjuntas de Obras e Meio Ambiente fizeram uma operação conjunta, na tarde desta terça-feira (28/07) na Praia de Guaratiba, para enterrar o corpo de uma baleia da espécie Jubarte que encalhou no local durante a noite.

Os restos do animal, já em adiantado estado de decomposição, foram enterrados em uma cova profunda aberta na própria praia, porém distante da área de preservação da restinga. Uma retroescavadeira foi usada para realizar a operação.

As baleias Jubartes chegam ao Brasil entre os meses de julho e novembro para reproduzirem nas águas quentes dos trópicos. A causa mortis do animal, com aproximadamente 13 metros de comprimento e 25 toneladas de peso, é desconhecida. “Não podemos relatar sem ter certeza. O nosso papel é coletar amostras de gordura e tecidos e dar um destino a ela.

O laboratório trabalha em diversas áreas, como genética, análise de metais. Pelo grau de decomposição, a baleia morreu há cinco dias”, disse a bióloga Analice de Moraes, do MAQUA (Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Em uma análise superficial, os técnicos observaram se tratar de um animal jovem.

Rodrigo Fagundes, encarregado da Secretaria Municipal Adjunta de Obras justificou o local escolhido para o enterro dos restos. “O procedimento foi fazer um buraco longe da área de preservação, e ao mesmo tempo afastado do mar, para evitar vazamento de resíduos. Tudo foi feito com muito cuidado”, explicou.

baleia1É importante a participação da população, que alertou as autoridades sobre a presença do animal na praia. A Secretaria Adjunta de Meio Ambiente está apta a realizar resgates de cetáceos (baleias, golfinhos) e pode contatar órgãos de pesquisas, como a Maqua, cuja atuação permite que se identifique o motivo da presença na área ou, como foi o caso, o que causou a morte do animal.

“Sempre quando há algum cetáceo encalhado, entramos em contato com o grupo para colher material, com o objetivo de identificar espécie e causa mortis. Quando necessário entramos em contato com o Inea também. Estamos sempre atentos”, disse Valdir Almana, biólogo da Secretaria Adjunto de Meio Ambiente.

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