Vídeo: passageiros denunciam superlotação nas barcas
Usuários das CCR Barcas relataram, no início da noite desta quarta-feira (28), que a embarcação Ingá II, que faria a travessia da Praça XV para Niterói, estava com excesso de passageiros. O problema ocorreu por volta das 18h50 e muitos usaram as redes sociais para reclamar e postar vídeos do incidente.
No vídeo, é possível ver pessoas sendo retiradas da embarcação e outras gritando ao fundo “fora, CCR”.
Algumas pessoas disseram que não é a primeira vez que ocorre superlotação nas embarcações, especialmente na hora de maior movimento. De acordo com os relatos, havia idosos e gestantes saindo amparados pelos operadores da CCR Barcas.
“Pessoas sendo retiradas às pressas pq a barca estava super baixa. Tinha idoso e gestante saindo quase carregados. Eles vêm excedendo a lotação faz tempo, mas hj passou dos limites,” disse a internauta @ju_zu, no Instagram.
A CCR Barcas emitiu a seguinte nota sobre o ocorrido, leia na íntegra:
“Ontem (28/10), quando estava sendo encerrado o embarque da viagem das 18h30 na linha Praça XV-Praça Arariboia, alguns passageiros, que fariam a travessia das 18h40 na embarcação seguinte, se direcionaram deliberadamente para a embarcação da vez. Para que se pudesse dar início à viagem, os colaboradores da concessionária tiveram que solicitar a saída dessas pessoas da embarcação.
Esclarecemos que a CCR Barcas limita o embarque de passageiros de acordo com a capacidade da embarcação a realizar a viagem.
A concessionária possui sistema eletrônico de contagem de passageiros que trava as roletas de acesso à estação, quando o número de pessoas a embarcar atinge a capacidade do barco da vez. Para reforçar ainda mais a segurança, em contingência, a empresa dispõe de contagem manual de passageiros e marcações no piso, que servem para identificar aproximadamente a quantidade de pessoas prontas para embarcar.”
Procurado, o secretário estadual de transporte não respondeu nosso contato até o fechamento desta reportagem.
CCR Barcas quer devolver concessão ao Estado
O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, confirma que a CCR Barcas já manifestou a ele a intenção de desfazer da concessão. O pedido que ele afirma estar em suas mãos é o de destrato do contrato de forma amigável, alegando não só desequilíbrio econômico-financeiro como também uma decisão estratégica da empresa. A proposta está sendo avaliada pela Procuradoria Geral do Estado, pela Secretaria da Casa Civil e pela Agência Reguladora de Transportes Públicos (Agetransp).
Um decreto do governador Luiz Fernando Pezão criou uma comissão para avaliar a extinção do contrato de concessão. O grupo será formado por representantes das secretarias estaduais da Casa Civil, de Transportes e da Fazenda; da Auditoria Geral; da Agetransp e da Câmara Metropolitana.
A CCR exige uma indenização referente ao aluguel de quatro embarcações, à reforma das estações Praça Quinze e Arariboia, e a perdas de receita com uma tarifa que considera defasada. A companhia ainda pretende vender ao estado ativos como antigas embarcações e um estaleiro. O patrimônio foi adquirido pela empresa em 2012, quando obteve a concessão.
Atualizado às 15h58