Imprudência e falta de conservação na RJ-104
Asfalto irregular e falta de recapeamento são alguns dos problemas enfrentados por quem trafega pela RJ-104 (Niterói-Manilha). O trecho de 25 quilômetros, que liga os municípios de Niterói a Itaboraí, passando também pela cidade de São Gonçalo, é motivo de questionamentos entre motoristas que, apesar de admitirem a boa sinalização, alegam encontrar problemas relacionados à manutenção, bem como infrações ao volante e imprudência de pedestres e ciclistas.
“Trafego por aqui ao menos uma vez por semana e acho que, realmente, as condições da pista poderiam estar melhores. Com esses buracos, a suspensão do carro fica muito vulnerável”, comenta o comerciante José Antônio Leal de 50 anos.
Outro fato que chama a atenção de quem passa pela rodovia é o guarda-corpo do viaduto de Alcântara que acabou danificado depois de um acidente no último dia 26 de maio, quando um carro foi arremessado após se chocar com a estrutura.
Seja motorista, pedestre ou ciclista, o fato é que o “cardápio” é variado. Em pouco mais de 20 minutos trafegando ao longo da via, a equipe do Correio da Cidade Online flagrou vans e ônibus parando fora do ponto e ciclista disputando lugar com os carros em meio ao fluxo intenso. Mas o grande campeão é a travessia perigosa de pedestres que, mesmo tendo passarelas em bom estado de conservação, insistem em atravessar em local inadequado.
Sérgio Luiz de 45 anos, gerente de um posto ao lado da passarela de Tribobó, é um dos que atribuem a culpa aos pedestres pelo alto índice de acidentes na via.
“Acidente é algo constante. Quase toda semana acontece um, a passarela é logo ali e as pessoas não usam. Já morreu muita gente ao longo dos 20 anos que trabalho aqui no posto”, comentou o gerente.
Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ), há previsão de recapeamento parcial em trechos da RJ-104. O processo para o início das obras, porém, ainda está em fase de licitação. O órgão informou também que reforçará os serviços de conservação rotineira nos viadutos de Alcântara e Maria Paula e equipes atuarão na limpeza das estruturas e roçado dos arredores.
Em relação ao guarda-corpo do Viaduto de Alcântara, o DER-RJ optou pela utilização dos cabos de aço como proteção enquanto a área de Engenharia estuda a melhor solução para repor as peças.
O DER-RJ declarou também que este serviço demandará interdições em uma das faixas do viaduto e adjacências da estrutura. Além disso, a fim de minimizar os transtornos, técnicos do Departamento decidiram por utilizar um amparo provisório e seguro, enquanto analisam a maneira mais rápida e eficiente de recolocar a proteção.
Veja a seguir alguns flagras da imprudência e abandono:
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