Janot diz que acordo de delação da JBS será avaliado e pode ser anulado
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou nesta noite que pediu investigação para apurar indícios de crime no processo que levou à delação premiada de executivos do grupo JBS. O motivo seria uma gravação entre dois colaboradores, na qual os dois admitem ter recebido orientação do então procurador Marcelo Miller para fechar o acordo de delação premiada, o que é proibido. Janot disse que se forem comprovadas as irregularidades, a delação de executivos da JBS pode ser rescindida. O procurador reforçou, no entanto, a intenção de preservar a validade das provas apresentadas pelos delatores.
O pronunciamento do procurador está sendo feito no auditório do Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF).
A possibilidade de revisão ocorre diante das suspeitas dos investigadores do Ministério Público Federal (MPF) de que o empresário Joesley Batista e outros delatores ligados à empresa esconderam informações da Procuradoria-Geral da República.
Delação premiada
Apesar da possibilidade de anular o acordo com a JBS, Janot defendeu a delação premiada como instrumento para investigações e que deve ser preservado. De acordo com Janot, se os executivos da JBS erraram, deverão pagar por isso, mas “não desqualificará o instituto [da delação premiada].