Metodologia integrativa com esporte faz escola subir 144 posições em ranking de melhores escolas

O Colégio Santa Mônica é um dos mais tradicionais nas competições desportivas do estado do Rio de Janeiro. Mas, mais que títulos de Intercolegiais, a escola transformou a prática em uma ferramenta complementar de aprendizado, que a ajudou a elevar em 144 posições no ranking de melhores escolas do Rio de Janeiro, além de combater transtornos psicológicos dos alunos pós-pandemia.

 “As escolas modernas, em especial as nórdicas, já entenderam que um garoto que está olhando para uma cesta de basquete,  batendo uma bola, se livrando do marcador e administrando os gritos da torcida, está utilizando a mesma cognição quando for sentar na cadeira para resolver uma equação matemática. Isso acontece porque nosso corpo é único, integrado, e é por ele que vivemos nossas experiências políticas, sociais e afetivas. E no Colégio Santa Mônica acreditamos nisso, e implementamos essa metodologia em nossa política pedagógica que conta com uma infraestrutura desportiva para colocá-la em prática”, explica Bruno Castro, doutor em Educação Física e coordenador do Programa Esportivo e Cultural do Colégio Santa Mônica. 

O olhar integrativo do esporte também rendeu a aprovação dos alunos das suas quatro unidades para cursos concorridos como Medicina, Odontologia, Engenharia, Direito e Jornalismo. Entre eles está Gabriel Soares, que no Enem de 2020 foi aprovado em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Não é um curso fácil de ser aprovado e exige muita dedicação. Mas, eu tive todo apoio do colégio, desde o planejamento dos estudos até o suporte emocional da coordenação, que foi um grande diferencial na jornada de estudos”, explica o ex-aluno que tem mais dois irmãos estudando na instituição de ensino. 

Repensando a relação com a escola

Para criar uma cultura de estudo orientada na criação de bons hábitos para a construção do conhecimento ao invés da decoreba, o colégio optou pelo uso de tecnologia, com a implementação do Sistema Verificação de Aprendizado, uma plataforma baseada num modelo de avaliação por nota real. Para isso, ela conta com acompanhamento e auditoria pedagógica, e um sistema anti-copy que verifica se o estudante realmente fez o seu exercício, estimulando assim seu compromisso com seu desenvolvimento acadêmico.

“Durante a pandemia, quando as aulas migraram para o online, nós conseguimos, em tempo recorde, implementar uma infraestrutura digital. A partir daí, o desafio passou a ser a manutenção do foco dos estudantes nas aulas e na entrega dos deveres. O fato de termos optado por valorizar a produção manuscrita foi o nosso grande diferencial, com a entrega das tarefas e avaliações, sempre discursivas, nos seus cadernos, que eram fotografadas com seus celulares e enviadas pela plataforma de verificação da aprendizagem, o nosso Sistema Verificação de Aprendizado. Esta estratégia teve tanto sucesso que foi mantida para os alunos do fundamental 2 e ensino médio quando retornamos para as aulas presenciais”, Felipe Souza, que atua há 27 anos no Colégio Santa Mônica e hoje ocupa o cargo de Superintendente.

Família no centro do processo

A  escola é o primeiro ambiente onde a criança entra em contato com ideias e formas de ver o mundo diferentes e, por isso, é importante a família participar desses encontros para acompanhar o desenvolvimento por meio dessa ótica. E os pais estão atentos a isso, tanto que a pesquisa ‘A Educação na Perspectiva dos Estudantes e suas Famílias’, identificou que 8 em cada 10 alunos estão matriculados em escolas que realizam reuniões ou assembleias para que as famílias conheçam, debatam e possam contribuir com as propostas e decisões da escola. 

O antídoto encontrado pelo Colégio Santa Mônica foi colocar a escola ainda mais próxima dos responsáveis. “O fundamental aqui é valorizar a confiança que as famílias depositam no Colégio, fruto da nossa tradição de proximidade, abertura à crítica, e atendimento personalizado e rápido da nossa equipe”, explica o superintendente Felipe Souza.

Sobre o autor