Niterói está entre as 10 melhores cidades do Brasil, diz estudo

A cidade de Niterói mais uma vez se destaca entre as 10 melhores no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal.

A antiga capital fluminense encontra-se na sétima posição no resultado do estudo divulgado hoje (25/11) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fundação João Pinheiro.

Ranking

Niterói ocupa a sétima posição entre os 5.565 municípios brasileiros, segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior atingiu 0,862 (São Caetano do Sul) e o menor 0,418 (Melgaço). A cidade do Rio de Janeiro aparece em 45º lugar.

Posição Lugares
IDHM
IDHM
Renda
IDHM
Longevidade
IDHM
Educação
1 º São Caetano do Sul (SP) 0.862 0.891 0.887 0.811
2 º Águas de São Pedro (SP) 0.854 0.849 0.890 0.825
3 º Florianópolis (SC) 0.847 0.870 0.873 0.800
4 º Balneário Camboriú (SC) 0.845 0.854 0.894 0.789
4 º Vitória (ES) 0.845 0.876 0.855 0.805
6 º Santos (SP) 0.840 0.861 0.852 0.807
7 º Niterói (RJ) 0.837 0.887 0.854 0.773
8 º Joaçaba (SC) 0.827 0.823 0.891 0.771
9 º Brasília (DF) 0.824 0.863 0.873 0.742
10 º Curitiba (PR) 0.823 0.850 0.855 0.768

O IDHM de Niterói foi de 0,837, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Muito Alto (IDHM entre 0,800 e 1). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é a Renda, com índice de 0,887, seguida da Longevidade, com índice de 0,854, e da Educação, com índice de 0,773.

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes – Niterói – RJ
IDHM e componentes 1991 2000 2010
IDHM Educação 0,557 0,684 0,773
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 63,90 70,06 79,35
% de 5 a 6 anos frequentando a escola 66,68 90,22 95,47
% de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental 58,19 72,52 86,16
% de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo 46,74 59,34 64,27
% de 18 a 20 anos com ensino médio completo 36,58 48,30 58,86
IDHM Longevidade 0,717 0,788 0,854
Esperança de vida ao nascer (em anos) 68,03 72,26 76,23
IDHM Renda 0,790 0,851 0,887
Renda per capita (em R$) 1.090,93 1.596,51 2.000,29

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Evolução

Entre 2000 e 2010

O IDHM passou de 0,771 em 2000 para 0,837 em 2010 – uma taxa de crescimento de 8,56%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 71,18% entre 2000 e 2010.

Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,089), seguida por Longevidade e por Renda.

Entre 1991 e 2000 

O IDHM passou de 0,681 em 1991 para 0,771 em 2000 – uma taxa de crescimento de 13,22%. O hiato de desenvolvimento humano foi reduzido em 71,79% entre 1991 e 2000.

Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,127), seguida por Longevidade e por Renda.
Entre 1991 e 2010 
De 1991 a 2010, o IDHM do município passou de 0,681, em 1991, para 0,837, em 2010, enquanto o IDHM da Unidade Federativa (UF) passou de 0,493 para 0,727. Isso implica em uma taxa de crescimento de 22,91% para o município e 47% para a UF; e em uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento humano de 51,10% para o município e 53,85% para a UF.
No município, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,216), seguida por Longevidade e por Renda. Na UF, por sua vez, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,358), seguida por Longevidade e por Renda.
População
Entre 2000 e 2010, a população de Niterói cresceu a uma taxa média anual de 0,60%, enquanto no Brasil foi de 1,01%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 100,00% para 100,00%. Em 2010 viviam, no município, 487.562 pessoas.Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de 0,58%.
Na UF, esta taxa foi de 1,01%, enquanto no Brasil foi de 1,02%, no mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do município passou de 100,00% para 100,00%.
Estrutura Etária
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência no município passou de 43,73% para 40,54% e a taxa de envelhecimento, de 9,83% para 12,17%. Em 1991, esses dois indicadores eram, respectivamente, 47,26% e 7,58%. Já na UF, a razão de dependência passou de 65,43% em 1991, para 54,94% em 2000 e 45,92% em 2010; enquanto a taxa de envelhecimento passou de 4,83%, para 5,83% e para 7,36%, respectivamente.
Longevidade, mortalidade e fecundidade
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) no município passou de 14,0 por mil nascidos vivos, em 2000, para 12,9 por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 25,8. Já na UF, a taxa era de 14,2, em 2010, de 21,2, em 2000 e 29,9, em 1991. Entre 2000 e 2010, a taxa de mortalidade infantil no país caiu de 30,6 por mil nascidos vivos para 16,7 por mil nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era de 44,7 por mil nascidos vivos.
Com a taxa observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015.
Longevidade, Mortalidade e Fecundidade – Niterói – RJ
1991 2000 2010
Esperança de vida ao nascer (em anos) 68,0 72,3 76,2
Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 25,8 14,0 12,9
Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 29,6 15,9 14,5
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 1,8 1,6 1,4

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 4,0 anos na última década, passando de 72,3 anos, em 2000, para 76,2 anos, em 2010. Em 1991, era de 68,0 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991.
Educação
Crianças e Jovens
Proporcões de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indicam a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e compõe o IDHM Educação. No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 95,47%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 86,16%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 64,27%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 58,86%.
Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 28,79 pontos percentuais, 27,97 pontos percentuais, 17,53 pontos percentuais e 22,28 pontos percentuais.
Em 2010, 85,15% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 83,92% e, em 1991, 76,97%.Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 36,40% estavam cursando o ensino superior em 2010. Em 2000 eram 26,18% e, em 1991, 18,79%.
Expectativa de Anos de Estudo
O indicador Expectativa de Anos de Estudo também sintetiza a frequência escolar da população em idade escolar. Mais precisamente, aponta o número de anos de estudo que uma criança que inicia a vida escolar no ano de referência deverá completar ao atingir a idade de 18 anos. Entre 2000 e 2010, ela passou de 9,86 anos para 9,68 anos, no município, enquanto na UF passou de 8,96 anos para 9,17 anos.
Em 1991, a expectativa de anos de estudo era de 9,55 anos, no município, e de 8,65 anos, na UF.
População Adulta
Também compõe o IDHM Educação um indicador de escolaridade da população adulta, o percentual da população de 18 anos ou mais com o ensino fundamental completo. Esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas, de menor escolaridade. Entre 2000 e 2010, esse percentual passou de 70,06% para 79,35%, no município, e de 39,76% para 54,92%, na UF.
Em 1991, os percentuais eram de 63,90% ,no município, e 30,09%, na UF. Em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de idade, 2,59% eram analfabetos, 78,04% tinham o ensino fundamental completo, 65,86% possuíam o ensino médio completo e 33,68%, o superior completo. No Brasil, esses percentuais são, respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e 11,27%.
Renda
A renda per capita média de Niterói cresceu 83,36% nas últimas duas décadas, passando de R$ 1.090,93, em 1991, para R$ 1.596,51, em 2000, e para R$ 2.000,29, em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 46,34%, entre 1991 e 2000, e 25,29%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 12,07%, em 1991, para 6,60%, em 2000, e para 3,34%, em 2010.
A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini, que passou de 0,57, em 1991, para 0,58, em 2000, e para 0,59, em 2010.
Trabalho
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 64,87% em 2000 para 64,30% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 13,43% em 2000 para 6,40% em 2010.
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município, 0,42% trabalhavam no setor agropecuário, 1,41% na indústria extrativa, 5,31% na indústria de transformação, 5,23% no setor de construção, 1,25% nos setores de utilidade pública, 13,03% no comércio e 69,25% no setor de serviços.
Habitação
Indicadores de Habitação – Niterói – RJ
1991 2000 2010
% da população em domicílios com água encanada 87,14 87,83 98,88
% da população em domicílios com energia elétrica 99,87 99,96 99,98
% da população em domicílios com coleta de lixo. *Somente para população urbana. *Somente para população urbana 83,95 96,90 98,63

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

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