TransOceânica: assinado ordem de início das obras
Maior projeto de mobilidade urbana da história de Niterói, aguardado há 40 anos, a TransOceânica, que ligará o Engenho do Mato a Charitas, teve a ordem de início das obras assinada na manhã desta quinta-feira (25.9) pelo prefeito Rodrigo Neves e pelos ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e das Cidades, Gilberto Occhi. A cerimônia foi realizada na localidade de Fazendinha, na Região Oceânica, próximo ao local onde será construído o túnel de 1,3 quilômetro de extensão ligando os bairros de Cafubá e Charitas, que integra a via expressa.
A TransOceânica terá 9,3 quilômetros de extensão, vai atender diretamente 11 bairros da Região Oceânica de Niterói e transportará cerca de 80 mil pessoas por dia. A via expressa contará com ônibus no sistema BHLS (Bus of High Level of Service), o primeiro implantado na América do Sul, equipados com ar-condicionado e com portas de ambos os lados. Pelo sistema, os passageiros poderão embarcar nos veículos em seus próprios bairros. Em seguida, os ônibus entrarão na faixa exclusiva do BHLS.
O ônibus fará o percurso do Engenho do Mato até Charitas em 25 minutos passando por 13 estações e pelo túnel, que não terá cobrança de pedágio. O corredor viário também contará com ciclovia. No projeto da TransOceânica está prevista, ainda, a integração da via com a estação hidroviária de Charitas, que será transformada em um terminal intermodal.
O investimento total da obra será de R$ 310.894.585,00, com recursos do governo federal e da Prefeitura de Niterói. O prazo de execução é de 24 meses a partir da assinatura da ordem de início.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, comemorou o início das obras e agradeceu aos ministros pela parceria e pela atenção que a Prefeitura tem recebido do governo federal desde o início da sua gestão. Neves anunciou que até o fim do ano terá início a perfuração do túnel e que a previsão é inaugurar o corredor expresso em 2016.
“Hoje é um dia especial para nossa cidade. Em tempo recorde vencemos 11 etapas desde a obtenção de recursos junto ao governo federal até o licenciamento ambiental para esse momento histórico. A TransOceânica é um projeto esperado há 40 anos. Ele vai mudar o paradigma da mobilidade e dar uma perspectiva de desenvolvimento sustentável para Niterói para os próximos 25 anos”, afirmou.
Neves destacou que a TransOceânica não é uma obra viária, mas de mobilidade urbana, que reduzirá o tempo de deslocamento de quem sai da Região Oceânica para o centro do Rio, dando mais qualidade de vida para os moradores. O prefeito explicou ainda que a via expressa irá tirar o fluxo pesado de veículos dos eixos saturados do Largo da Batalha, de Santa Rosa, de São Francisco, e das avenidas Marquês do Paraná e Roberto Silveira.
“Muita gente apostou que não ia dar certo. No entanto, estamos aqui hoje assinando a ordem de início da TransOceânica porque nós acreditamos em Niterói, que é uma cidade que tem história, belezas naturais e um povo extraordinário, é uma dos municípios mais destacados do país e ostenta os melhores índices de desenvolvimento humano. Eu não tenho dúvida de que com o planejamento que estruturamos para cidade vamos levar Niterói ao topo do ranking da qualidade urbana e da qualidade vida do Brasil até 2016. Essa é a meta que queremos atingir”, disse o prefeito.
O vice-prefeito Axel Grael disse que, com a TransOceânica, toda a cidade de Niterói alcançará um patamar de desenvolvimento sustentável. “O corredor expresso não vai beneficiar apenas a Região Oceânica, mas todo o município. Hoje chegamos a uma etapa importante deste trabalho. Essa obra está vindo como uma indutora de investimentos para a região”, disse Grael.
A sintonia e a qualidade da equipe da Prefeitura de Niterói foram ressaltados pela ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, como responsável pela celeridade com que as etapas foram vencidas visando a concretização da obra.
“Estou muito feliz de estar aqui e dividir com vocês esse momento tão especial. Vejo aqui um compromisso absoluto com a população de Niterói. Isso fez com que o prefeito Rodrigo Neves conseguisse não só tirar do papel, mas entregar importantes empreendimentos para a população na sua gestão. É muito bom ter parceiros como temos aqui em Niterói. Uma das maiores frustações do governo federal é disponibilizar recursos para estados e municípios, alguns terem seus projetos selecionados, mas que não se tornam realidade porque não têm condições de enfrentar o conjunto de etapas necessárias. Essa sintonia que vejo em Niterói favorece muito a superação de todos obstáculos”, afirmou Miriam.
Corredor expresso é exemplo de obra de mobilidade
A ministra afirmou também que a TransOceânica está revestida de uma série de características que para o governo federal simbolizam um modelo ideal de obras de mobilidade. “Primeiro porque está centrada num critério no qual a gente não abre mão, que é o transporte coletivo urbano. Nós não queremos fazer obra viária, o que nós precisamos é priorizar o transporte de massa de qualidade. Esse é o centro do projeto, que trabalha também com a interconexão das regiões da cidade, melhorando a qualidade de vida da população e a sustentabilidade a partir do momento em que agrega ciclovias. Também destaco a integração entre modais. Esses são elementos que nós valorizamos demais. Esse projeto é muito bem desenvolvido e foi amplamente discutido com a população. É exemplar e estamos tratando dessa maneira”, disse a ministra.
O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, relembrou sua vinda a Niterói no ano passado por ocasião da assinatura do contrato entre a Prefeitura e o Ministério do Planejamento para o financiamento da obra.
“Hoje estamos aqui num momento importante com a assinatura dessa ordem de serviço com as empresas que integram o consórcio que executará a obra. Tenho certeza de que chegar aqui é resultado do seu esforço e de toda a sua equipe. Os próximos dois anos serão de muito trabalho para que a gente possa fazer dessa obra que está no papel uma realidade para beneficiar a população de Niterói”, afirmou o ministro.
O prefeito e os ministros também descerraram uma placa que marca o início das obras da TransOceânica. Participaram da cerimônia os secretários municipais Domício Mascarenhas (Obras), Verena Andreatta (Urbanismo e Mobilidade), Dayse Monassa (Conservação e Serviços Públicos); o procurador-geral do Município, Carlos Raposo; o presidente da Emusa, Guilherme Ribeiro; o diretor Operacional da Emusa, Lincoln da Silveira; o presidente da Câmara Municipal, Paulo Bagueira; o representante da Caixa Econômica, Fábio Damião; a prefeita de Angra dos Reis, Conceição Raba; o arcebispo de Niterói, Dom José Francisco; e representantes do Constram-Carioca TransOceânica, consórcio formado pelas empresas Constram S.A. Construções e Comércio e Carioca Engenharia Christiani-Nielsen, que vai executar a obra.
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