Itaboraí: revitalização da Avenida 22 de Maio entra em nova fase
Nas proximidades da ponte de Venda das Pedras, operários sinalizam para que os motoristas diminuam a velocidade e aumentem a atenção. À medida em que os trabalhos avançarem, o número de máquinas e trabalhadores na pista irá aumentar, e poderá haver a necessidade de algumas intervenções viárias. Por enquanto, as obras irão ocorrer apenas nas margens da rodovia.
“Toda a obra da Avenida 22 de Maio será realizada em etapas. Além de atender a questões técnicas, isso também ameniza possíveis transtornos no trânsito. Estamos muito felizes com a realização desse sonho antigo que a cidade agora vê acontecer”, diz o prefeito Helil Cardozo.
“Aguardamos apenas a finalização do projeto executivo, previsto para o fim desta semana, para detalharmos melhor todos os prazos e cada uma das etapas”, explica Rojas Felício Ferreira, engenheiro responsável pela obra.
Modernização
No total, serão contemplados os nove quilômetros da avenida, em um investimento de R$ 186 milhões do Governo do Estado em parceria com a Prefeitura. Segundo o governador Luiz Fernando Pezão, o valor é o maior já investido pelo programa Somando Forças nos últimos oito anos. Além de nova pavimentação, a via terá áreas duplicadas e ganhará equipamentos modernos de iluminação com fiação subterrânea, áreas de lazer, acessibilidade, ciclovia, ponte, passarela e a construção de uma grande praça em Joaquim de Oliveira, com um centro de convenções, oficinas de arte oleira e lojas para a venda do artesanato produzido no local.
O mecânico Robson Luiz de Andrade, 45 anos, é um dos que sonham em ver a 22 de maio de “cara nova”. Morador da Vila Esperança (antiga Reta), ele utiliza a bicicleta como meio de transporte e sabe os desafios e os riscos de disputar a via com automóveis.
Além de ser a principal via de Itaboraí, a Avenida 22 de Maio recebeu, nos últimos anos, importantes empreendimentos como o Hotel Ibis, a rede de supermercados Costazul, o Enterprise Center e o complexo empresarial Helix. Além de servir como acesso ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a via recebe todo o trânsito que flui para os demais bairros e funciona como alternativa à BR-101, em direção às regiões dos Lagos e Serrana. A via recebe cerca de 100 mil veículos por dia, segundo a secretaria municipal de Transportes, e corta o Centro e outros nove bairros, abrigando a maior parte do setor de comércio e serviços do município.