Marcelo Yuka emociona em palestra no Lavourão
A Gestora de Recursos Humanos, Camila Pastor, de 31 anos, é moradora de São Gonçalo e esta foi a segunda vez que assistiu a uma palestra de Marcelo Yuka na cidade. Para ela, é sempre muito válido escutá-lo: “Da outra vez que ele esteve aqui no Lavourão eu vim. Além disso, já tinha assistido à palestra do Yuka outras vezes no Rio. O que ele fala é muito importante, pois nos remete exatamente ao que estamos esquecendo, que é a consciência da necessidade do amor e respeito ao próximo, isso é a base de tudo”, enfatizou.
“Eu venho de um lugar como esse. Então, estar em São Gonçalo me conforta de certa forma, pois me sinto diante da minha essência. Isso me dá muita força pra continuar trabalhando porque eu ainda tenho conquistas pra alcançar nesse sentido. O mais engraçado é que em Campo Grande eu nunca tive a oportunidade de fazer o que estou fazendo aqui”, afirmou o artista.
Yuka ainda destacou o retorno positivo do público gonçalense como algo maravilhoso: “Eu venho pra prestar serviço, não estou aqui na posição de artista e é muito bom saber que as pessoas entendem esse serviço que é muito sutil. Poxa, estou falando de amor! E a pessoa parar numa segunda-feira para receber isso, pra mim é muito simbólico. Fico muito contente!”, destacou.
Marcelo Yuka notabilizou-se como um dos principais letristas da música brasileira surgida nos anos 90. Como baterista e letrista da banda O Rappa conseguiu alargar os limites da música pop fazendo a banda ser mais reconhecida pelas suas mensagens e conceito do que por suas melodias e ritmos. Mensagem, conteúdo e um grande poder de comunicação. Assim nasceram sucessos como: “Me Deixa”, “Minha Alma”, “Instinto Coletivo”, “Todo Camburão Tem Um Pouco de Navio Negreiro”, entre outros. Com O Rappa, Yuka alargou as fronteiras no pop. O clipe de “Minha Alma” em que a banda mal aparece faturou todos os prêmios possíveis e pode ser considerado um precursor de filmes e seriados que chegaram às nossas telas como: “Cidade de Deus” e “Cidade dos Homens”.
Junto com sua verve poética e musical, nunca faltaram grandes doses de ativismo social. Atuou junto com o Afrorregae na criação e promoção da FASE – Federação de Órgãos para Assistência e Educação do Rio de Janeiro; é fundador do F.Ur.T.O – Frente Urbana de Trabalhos Organizados e da B.O.C.A – Brigada Organizada de Cultura Ativista que, por incrível que possa parecer, é uma ONG voltada para levar atividades culturais para entidades carcerárias.