Niterói terá 100% do esgoto tratado até 2019

cpiO município de Niterói terá 100% da sua rede de esgoto tratada até 2019. A afirmação foi feita pelo superintendente da concessionária Águas de Niterói, Nelson Gomes, nesta quinta-feira (20/08), durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga a crise hídrica no Estado e a transposição do Rio Paraíba do Sul.

Atualmente, a concessionária atende 90% da população. De acordo com o presidente da CPI, deputado Luiz Paulo (PSDB), de todas as concessionárias que foram ouvidas, a Águas de Niterói foi a que apresentou melhor desempenho.

“Depois da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), a concessionária Águas de Niterói é a que está em funcionamento há mais tempo. Desde 1999, atua na cidade de Niterói e, por isso, já conta com 100% da cobertura de água e 90% de esgoto, dois índices muito bons”, disse o parlamentar, acrescentando que o contrato de concessão vai até 2042. Luiz Paulo falou ainda que a concessionária tem também o menor percentual de perda física de água: “Hoje, tem 19% de perda, que ainda pode ser reduzida, mas, ainda assim, é bem menor do que o da Cedae, que é da ordem de 30%”.

De acordo com Nelson Gomes, o plano diretor da concessionária prevê a construção de mais três estações de tratamento, na região de Pendotiba. “A primeira estação já está em fase de construção e a previsão é que seja inaugurada no final desse ano. Ainda estão previstas mais duas estações que vão contemplar essa região levando à população 100% do esgoto coletado e tratado”, explicou.

Segundo o superintendente, a concessionária também ampliou os reservatórios de água. “Com essa expansão, foi duplicada a capacidade de reservação”, disse Gomes. Dois novos reservatórios de água foram construídos em 2010: Correção e Caramujo. “Juntos, ampliaram a capacidade do município em 9 milhões de litros de água. Foram instaladas ainda 40 novas unidades de bombeamento para o reforço do abastecimento em pontas de rede e áreas de cota elevada, principalmente para atender a Região Oceânica”, explicou Gomes.

UFRJ

O coordenador do laboratório de Hidrologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Canedo de Magalhães, também foi ouvido pela CPI e disse que o Estado do Rio não vive uma crise de abastecimento. Mas, fez um alerta: “Só não estamos em crise graças a uma forte intervenção feita pelo Governo em 2014 e no início de 2015. Porém, não estamos em condições normais e vamos ficar nesse alerta durante todo o ano de 2016”. Segundo ele, o Estado, hoje, depende das chuvas para ficar em uma situação ideal. Magalhães defendeu a criação de um plano de contingência para severos períodos de estiagem.

(Com informações da Alerj)

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