Policiais na mira de operação contra o tráfico de drogas

Uma megaoperação da Polícia Civil está sendo realizada na manhã desta quinta-feira (29) com o objetivo de prender policiais militares e traficantes suspeitos de participarem de esquemas criminosos em São Gonçalo. Batizada de Calabar, a ação, que busca 96 PMs e 70 traficantes, conta com 800 agentes e 110 delegados.

De acordo com informações do G1, policiais que forem presos responderão por organização criminosa e corrupção passiva. Se houver bandidos, o crime seria tráfico, organização criminosa e corrupção ativa. Ainda segundo a reportagem, o esquema dos agentes pode ter lucrado, aproximadamente, R$ 1 milhão por mês para cada equipe de policiais que estava de plantão.

A atuação dos PMs era como “varejistas do crime”. Chegavam até a ofertar serviços a traficantes, de quinta-feira a domingo, e circulavam em ruas de São Gonçalo para recolher o dinheiro disponibilizado pelos traficantes. O esquema foi descoberto há quase um ano pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).

Agentes que investigaram o esquema estimam que a venda de favores e cobrança de dinheiro a traficantes rendesse, pelo menos, R$ 350 mil por semana aos PMs. Para chegar ao resultado, policiais da especializada interceptaram mais de 250 mil ligações.

Em uma rede social, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), publicou uma nota sobre a ação desta quinta-feira (29).

“Policiais militares, todos nós iniciamos o dia de hoje incomodados pela operação que está em curso. Sentimos na própria pele toda vez que policiais militares são acusados de crimes graves. Mas não podemos deixar de ressaltar que se trata de uma operação necessária para nos fortalecer. A operação de hoje, ao contrário do que alguns querem construir, teve participação constante da Corregedoria Interna da PM, o que mostra que não foram órgãos externos que protagonizaram essa ação. Desafiamos outro órgão correcional de qualquer segmento profissional a mostrar resultados tão contundentes quanto a Corregedoria da PM na apuração de desvios e exclusão de seus agentes”, disse o comunicado.

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