300 toneladas de medicamentos vencidos em depósito de Niterói
“Encontramos vacinas vencidas desde 2011, além de próteses, agulhas, gases e luvas”, afirmou o parlamentar. O deputado solicitou que o consórcio LogRio, responsável pela Central, envie às comissões, até amanhã, um relatório com a lista dos medicamentos e insumos guardados no local.
A LogRio alega que emite relatórios para a Secretaria de Saúde, periodicamente, quando ainda faltam de um a três meses para o vencimento de remédios e materiais.
“Queremos saber porque a secretaria nunca tomou providência mesmo sabendo do período de vencimento. Isso é muito grave. Esses relatórios também estarão anexados no documento que as empresas terão que nos enviar”, explicou Fernandes.
Segundo o deputado, com os relatórios a comissão terá como calcular o desperdício financeiro do Estado, e vão ser incluídos também no trabalho de auditoria que está sendo feito pelas comissões.
O deputado afirmou ainda as comissões de Orçamento e de Tributação da Alerj, responsáveis pela auditoria na saúde, vão votar já na próxima quarta-feira (24/02) a convocação de todos os envolvidos neste caso para prestar esclarecimentos. “Vamos apurar os fatos e encaminhar as medidas para o Ministério Público˜, afirmou.
A vistoria foi motivada por uma denúncia de que, entre junho de 2014 e março de 2015, cerca de 700 toneladas de medicamentos e materiais hospitalares teriam sido queimados após terem saído da CGA. A descoberta ocorreu por causa de uma sindicância aberta no ano passado pelo então secretário de Saúde, Felipe Peixoto.
Outro lado
O secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., que assumiu a pasta no início deste ano com a missão de contornar a crise, informou ao deputado que está sendo montado um novo sistema para agilizar a entrega desses relatórios.
“O secretário alegou que os documentos enviados pela LogRio chegam muito em cima, e que não tem como ser dado um destino rápido a muitos medicamentos, explicou Pedro Fernandes.