Após ocupação, professores rejeitam proposta da prefeitura e greve continua em SG

A sede da Prefeitura de São Gonçalo foi ocupada na tarde desta terça-feira (02/06) por guardas municipais e professores da rede municipal. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, houve tumulto e a polícia militar foi chamada para reforçar a segurança no prédio.

Os guardas municipais, que paralisaram as atividades pela manhã, teriam sido os primeiros profissionais a ocupar o prédio. Eles exigem o pagamento integral da gratificação que deveria ter sido paga em janeiro e a imediata demissão do comandante da Guarda, Alberto Mello.

Já os professores foram até a prefeitura diante do não comparecimento do prefeito Neilton Mulim a uma audiência com o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE) para discutir as reivindicações da categoria. De acordo com o SEPE, cerca de 100 profissionais participaram do ato em frente ao gabinete do prefeito.

Em nota, a prefeitura disse que cerca de 40 professores invadiram o prédio “de forma desordeira” e que “prejudicaram o funcionamento do atendimento ao público e permaneceram durante toda a tarde fazendo barulho com apitos na parte interna da sede administrativa”. No comunicado, a prefeitura ressaltou que ficou decidido o envio, até esta quarta-feira, de uma proposta para os professores apreciarem na assembleia.

Professores decidem manter a greve

Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, dia 3, os profissionais de educação da rede municipal de São Gonçalo rejeitaram a contraproposta salarial feita pelo prefeito Neilton Mulin e mantiveram a greve, iniciada dia 26 de maio. O prefeito ofereceu à categoria um reajuste de apenas 6% – pago em três vezes, sendo que a última parcela  seria paga em outubro do ano que vem!

Na assembleia, a categoria também decidiu fazer uma nova proposta salarial ao prefeito de 20% de reajuste.

Na quarta, dia 10, às 16h, no C.M.P. Castello Branco, ocorrerá nova assembleia. Antes, o SEPE se reunirá com a procuradora do MP estadual, Marcele Navega, para detalhar as reivindicações da categoria – a procuradora inclusive se comprometeu a implementar uma mesa de negociação entre as partes.

Além do reajuste salarial, os professores e funcionários de SG reivindicam: 1/3 de carga horária livre; concurso para todos os setores da educação ainda nesse semestre; manutenção das 16 horas para Doc. 1; eleição de diretores de escolas; limites de alunos em salas de aulas e creches, entre outras.

Rio Bonito continua em greve e categoria ocupou a Câmara de Vereadores

Os profissionais de educação da rede municipal de Rio Bonito estão em greve desde o dia 7 de maio. Nessa terça-feira, dia 03, a categoria ocupou a Câmara de Vereadores, que votaria assuntos de interesse da categoria. Mesmo pressionados pela Guarda Municipal, os profissionais realizaram o protesto até o fim. Hoje, dia 4, às 17h, haverá concentração no Campo de Rio Bonito.

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