Itaboraí realiza festival de esquetes com 10 espetáculos

O primeiro dia de apresentações do Festival de Esquetes, promovido pela Casa do Artista de Itaboraí, foi sucesso de público e de produção nesta sexta-feira (19). O teatro de bolso do espaço, em funcionamento no Centro, com capacidade para acomodar cerca de 50 pessoas sentadas ficou completamente lotado. Algumas pessoas acompanharam de pé as primeiras cinco peças produzidas pelos 40 alunos da Oficina Livre de Interpretação.

Cinco grupos se apresentaram nesta sexta-feira: X-Bacon, Expressão, Grupo de Quinta, Art’ Um e Pão com Jujuba. Já neste sábado, a partir das 16h30min, subirão ao palco Os Anormais, Os Nucitas, Legalesados, Pizzonada e Irônica-mente. Cada grupo conta com até 10 atores. Todos os textos, encenações, figurinos, cenários e concepções cênicas foram produzidas pelos próprios alunos durante os últimos10 dias. Cada esquete dura em torno de 10 minutos e o público pode acompanhar gratuitamente as apresentações.

“Há festivais de esquetes por todo o país e a nossa intenção é prepará-los para disputar vagas nesses espetáculos em pé de igualdade com qualquer outro profissional. Essa disputa foi organizada justamente para ser um estímulo a esses jovens que chegam ao final do curso cheios de vontades e expectativas pela frente”, afirmou o professor de teatro, Zeca Palácio.

Para alguns jovens, o festival é uma oportunidade para pôr em prática todo o conhecimento adquirido nos seis meses de curso oferecido gratuitamente pela prefeitura. Já para outros, a realização do sonho de entrar pela primeira vez em um palco oficialmente como jovens atores e atrizes.

Neste sábado ocorre o encerramento e a premiação do melhor ator, atriz e também da melhor esquete. Eles estão sendo avaliados pelo diretor da biblioteca municipal, ator licenciado em teatro e pós-graduado em artes cênicas Wanderson Silvas; pela atriz e produtora teatral Cristina Xavier e pela professora de literatura com especialização em português, diretora de teatro e roteirista Gabriela Slovick.

Para o diretor da Casa do Artista, Tiago Atzevedo, mais que formar profissionais aptos a desenvolverem as artes cênicas, a Casa do Artista se preocupa em formar cidadãos.

“Talvez, muitos deles, nem cheguem a seguir a carreira de fato. Mas nossa preocupação não é simplesmente formar profissionais, e sim, pessoas dotadas de cultura, respeito e tantas outras virtudes que a arte proporciona. Além disso, o festival de esquetes vem incentivar a formação de público para os espetáculos, algo que necessitamos cada vez mais aqui na cidade”, destacou Tiago.

Expectativa e ansiedade

Mesmo diante da ansiedade e da euforia na hora de subir ao palco, a qualidade das apresentações manteve um alto nível, avaliou Wanderson Silvas, um dos jurados. Esse foi caso das jovens Adrielle Gonzaga, 12 anos, e Maiara Rocha, de 22 anos. Elas se conheceram durante as aulas. Elas fizeram parte do grupo X-Bacon, o primeiro a se apresentar nesta sexta-feira e também um dos mais aplaudidos pela público. Para elas, o encerramento do curso, e as apresentações no festival são apenas o início de um sonho que só começou.

“A gente cresceu muito nesses seis meses. Temos muito que agradecer a todos os profissionais da casa que estiveram conosco neste período”, disse Adrielle. E Maiara completou: “Estamos confiantes de que fizemos uma boa apresentação. Mas isso não para aqui. Vamos em busca de outras oportunidades de qualificação e crescimento”, destacou.

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